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Madikwe: safaris de sonho na África do Sul (Parte 3)

Finalmente, um leão. E bem próximo, a poucos metros, deitado junto ao antílope que acabou de caçar, enquanto chacais atrevidos se aproximam, indiferentes à nossa presença, mas atentos a uma oportunidade para comer.

Estamos na última etapa desta viagem pela reserva Madikwe, na África do Sul. Deixamos o Billy (ver Parte 1 e Parte 2) e agora somos guiados por Ernie, que nunca abandona um cenário sem nos perguntar se estamos todos satisfeitos, se todos conseguimos observar e fotografar os animais de que nos aproximámos.

O Ernie garante que, nesta reserva, não são permitidos mais do que três jipes próximo dos animais, para não perturbar em demasia. Muitos deles já estão habituados à proximidade dos veículos, mas há cuidados indispensáveis. Evitar ruídos altos, movimentos bruscos e nem pensar em levantar dos bancos. Os jipes são descapotáveis, mas o guia garante que os animais vêem o veículo como um todo e não as pessoas individualmente dentro do jipe.

O Ernie conduz aquela máquina potente, com o seu motor barulhento, até bem próximo do leão, o tal, deitado junto a um antílope morto, um cudo. Paramos a cinco metros do rei da selva, que ergue a cabeça e olha na nossa direcção, mas logo tranquiliza e volta a pousar o focinho entre as patas, e fecha os olhos.

Parece um código de conduta. Assim que o leão acalma, o Ernie desliga o motor e ficamos em silêncio a observar a cena. O cudo imóvel e o leão deitado ao seu lado, a descansar, de barriga cheia. Atraídos pelo cheiro, aproximam-se vários chacais, à espera de apanhar o leão distraído para poderem comer a sua parte.

Na manhã seguinte, voltamos ao mesmo local. Ainda no caminho, a chegar, vemos o leão em pé, focado em alguma coisa que não conseguimos observar. Ele avança, atravessa a estrada à nossa frente, sem sequer olhar para nós e, de repente, desata a correr. Aí percebemos que estava a afastar os chacais da sua presa. Tinha-se ausentado para beber água, diz o Ernie. Agora está de volta, deitado novamente junto ao cudo, a garantir que ninguém se aproxima demasiado.

Já tínhamos visto leões, elefantes, rinocerontes e búfalos, mas faltava ver um leopardo para completar a lista dos Big Five. É difícil ver um, são tímidos, diz-nos Ernie. Daí a sua reacção quando, ao aproximar-nos de um lago para observar um elefante, vemos um leopardo a fugir. O Ernie acelerou o mais que pode e procurou por toda a parte, ansioso por voltar a vê-lo, mas não tornou a encontrá-lo.

O Sol subiu no horizonte, está já bem acima das montanhas, mas a manta continua até ao pescoço. Estamos no final de Maio e é Inverno aqui. Ainda assim, durante a tarde estará quente o suficiente para um mergulho numa das piscinas do Royal Madikwe Luxury Safari Lodge. Além da piscina comum, cada quarto tem a sua, no terraço, a partir de onde podemos ver girafas, elefantes e outros animais a ir ou a voltar do lago onde matam a sede, mesmo em frente ao lodge.

É com vista para esse lago que fazemos a maior parte das refeições, os pequenos-almoços variados e coloridos, e os jantares requintados, de qualidade irrepreensível. É uma paisagem em constante movimento. Agora estão elefantes a beber água, depois girafas, a seguir chegam as zebras, os javalis, os búfalos e outros.

O Royal Madikwe é gerido desde 2011 pelo casal Adam e Cherie Whitfield, que ali vive com três filhos. Fazem viagens frequentes à cidade, mas são apaixonados pela natureza, pela ligação à vida selvagem. Garantem que estamos no local certo para descomprimir e apreciar a beleza natural africana.

A juntar a estas garantias, destaca-se a simpatia dos funcionários e a qualidade da gastronomia e bebidas, o conforto das instalações e o requinte da decoração, os quartos abastecidos com tudo, incluindo vinhos e outras bebidas, a piscina privativa, a cama de que não se quer sair, os duches interior e exterior.

O Royal Madikwe tem capacidade para 17 pessoas, sendo frequentemente reservado por inteiro, para grupos. Existem três suites duplas e duas villas, uma para cinco e outra para seis pessoas. Estão incluídos safaris, refeições e bebidas, incluindo piqueniques na savana. Há também aulas de ioga, massagens e outras actividades.

A atenção ao pormenor sente-se na simplicidade. Sempre que regressamos de um safari, esperam-nos com toalhas quentes ou refrescantes, um cocktail e duas perguntas: a que horas queremos jantar e que alterações queremos fazer à ementa planeada pelo chef.

Depois do jantar, esperam-nos cadeiras e mantas à volta da fogueira, onde recordamos o dia que passou e pensamos no seguinte. Antecipa-se um grande dia. Vamos conhecer a savana a pé.

Continua: Parte 4

Para ver clique: Parte 1 e Parte 2

O PressTUR viajou a convite do Turismo da África do Sul

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