Após a participação na feira turística de Macau, o Turismo de Portugal vai intensificar a promoção na China em Maio, com várias iniciativas rumo a novos recordes, revelou ao PressTUR Tiago Brito, director do Turismo de Portugal na China.
Em declarações ao PressTUR na 12ª edição da Expo Internacional de Turismo de Macau (MITE), na semana passada, Tiago Brito começou por destacar a importância de promover Portugal em Macau, onde já existe “um conhecimento abrangente sobre Portugal”. Este conhecimento permite “ter mais escala e atrair mais atenção” do que na China Continental.
“Na China Continental não podemos atingir uma comunicação com um nível de micro-segmentação como podemos fazer em Macau”, salientou o director do Turismo de Portugal no mercado chinês.
Em Maio, Portugal vai intensificar a sua promoção na China, a começar com a participação na feira de turismo ITB China, em Xangai, nos dias 27 e 28 de Maio, que contará com a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado.
No dia seguinte, a 29 de Maio, inicia-se o roadshow do Turismo de Portugal na China, que passará por Pequim, Guangzhou e Macau. O evento contará com a participação de 20 empresas portuguesas, incluindo hotéis, agências de viagens, empresas de animação turística e retalho, bem como três Agências Regionais de Promoção Turística (Porto e Norte, Algarve e Centro de Portugal), o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, e o secretário de Estado do Turismo.
Além destas iniciativas, o Turismo de Portugal vai fazer campanhas de marketing com agências de viagens online (OTAs) chinesas e operadores turísticos chineses.
“O objectivo é continuar a fortalecer os laços que existem entre Portugal e China”, destacou Tiago Brito.
Alcançar novos recordes
As expectativas do Turismo de Portugal para o mercado chinês apontam para “alcançar os valores de 2019 senão ainda este ano, o mais tardar no próximo”. O foco principal “não é necessariamente aumentarmos o número absoluto de hóspedes, mas sim aumentar o rácio de dormidas por hóspede”, frisou Tiago Brito.
O director destacou a importância do mercado chinês para combater a sazonalidade em Portugal, uma vez que os chineses viajam muito em Janeiro ou Fevereiro, que são os meses de celebração do Ano Novo Chinês.
“Na maioria dos outros mercados não há essa disponibilidade [para viajar em Janeiro e Feveriro] como existe na China”, salientou o executivo. “O Ano Novo Chinês são cinco dias e a maioria dos chineses junta cinco ou 10 dias de férias a esse período para viajar antes ou depois e durante”.
O objectivo até 2027 para o mercado chinês é alcançar 500 mil hóspedes e um milhão de dormidas, destacou Tiago Brito.
Os dados avançados pelo executivo indicam que Portugal está a recuperar em hóspedes e dormidas do mercado chinês, com crescimentos expressivos em 2023, mas está ainda longe de alcançar o ano recorde de 2019.
Os dados do INE avançados por Tiago Brito indicam que o alojamento turístico em Portugal somou 187,4 mil hóspedes chineses em 2023, mais 119,2 mil ou mais 175% que em 2022, mas ainda menos 197,9 mil ou menos 51,4% que em 2019, pré-pandemia.
Os hóspedes chineses realizaram 348,1 mil dormidas no alojamento turístico português no ano passado, mais 191,6 mil ou mais 122,4% que em 2022, mas ainda menos 257,9 mil ou menos 42,6% que em 2019, pré-pandemia.
A China só abandonou a chamada política “zero covid” em meados de Dezembro de 2022, uma política que durante perto de três anos implicou o quase encerramento das fronteiras do país.
O PressTUR participou na MITE a convite da APAVT
Ver também:
2025 será “um ano de ouro” para a relação entre Macau e Portugal – presidente da APAVT