Os gastos com cartões bancários estrangeiros em Portugal atingiram 3,4 mil milhões de euros no primeiro semestre, mais 12,9% que há um ano, com o Reino Unido, os Estados Unidos e a França a liderar a lista dos maiores mercados.
Nos seis meses de Janeiro a Junho deste ano registaram-se 87 milhões de transações com cartões bancários estrangeiros em Portugal, mais 17,4% que há um ano e mais 65,8% que em 2022, de acordo com os dados da SIBS, citados pelo Turismo de Portugal.
O volume de compras com cartões bancários estrangeiros em Portugal superou os 3.424 milhões de euros no primeiro semestre, o que corresponde a um aumento de 12,9% em relação aos primeiros seis meses de 2023 e de 48,3% face ao período homólogo de 2022.
O Reino Unido liderou os gastos em compras com cartões bancários estrangeiros em Portugal até Junho, com um montante superior a 471 milhões de euros, o que representa 13,8% do total.
Seguiram-se os Estados Unidos, com 441,7 milhões de euros (12,9% do total), França, com 419 milhões de euros (12,2% do total), Alemanha, com 255,8 milhões (7,5% do total) e Espanha, com 253,1 milhões (7,4% do total).
Na distribuição do gasto médio por mercado de origem verificou-se um equilíbrio entre os mercados, apesar da liderança dos EUA. Os norte-americanos gastaram em média 54,6 euros por transação, um montante superior ao dos franceses (38,4 euros), dos alemães (36,5 euros), dos britânicos (35,5 euros) e dos espanhóis (32,1 euros).
Os dados mostram que o Algarve foi a região onde se registou o maior volume de compras com cartões bancários do Reino Unido, com um total de 222,4 milhões de euros, o que corresponde a 45,9% do total.
Por sector de actividade, a restauração liderou em gastos com cartões do Reino Unido, com um total de 176,4 milhões de euros (37,4% do total). Seguiram-se o comércio a retalho (31,4%), o alojamento (20,7%) e outros (10,5%).
Nas compras com cartões dos Estados Unidos, Lisboa lidera entre as regiões com maior volume de gastos, com 237,9 milhões de euros, o que corresponde a 53,4% do total.
Por sector de actividade, o alojamento liderou nos gastos com cartões norte-americanos, com um total de 141,8 milhões de euros (32,1% do total). Seguiram-se o comércio a retalho (28,5%), restauração (27,7%) e outros (11,8%).
Para os franceses, o Norte foi a região onde se registou o maior volume de compras, com um total de 140,4 milhões de euros ou 33,3% do total. Seguiram-se a Grande Lisboa (25,6%) e o Algarve (14,6%).
O comércio a retalho liderou entre os sectores de actividade com maiores gastos com cartões franceses, com um total de 217,9 milhões de euros (52% do total). Seguiram-se a restauração (24,7%), outros (14%) e alojamento (9,3%).
O Turismo de Portugal destaca que em todos os meses foram registados máximos absolutos de compras com cartões estrangeiros, com os maiores aumentos relativos a registarem-se no primeiro trimestre. O maior aumento relativo aconteceu em Março, com uma subida de 21,5% em relação ao mês homólogo de 2023, para um total de 534,4 milhões de euros.
Em Maio registou-se o maior montante de compras com cartões bancários estrangeiros em Portugal, em 750,1 milhões de euros, mais 13,9% que em Maio de 2023.
Entre as regiões portuguesas com maiores volumes de gastos com cartões bancários estrangeiros, a Grande Lisboa liderou com 1.291 milhões de euros, o que corresponde a 37,2% do total.
A segunda região com o maior montante de gastos com cartões estrangeiros até Junho foi o Algarve, com 732,3 milhões de euros (21,1% do total). Seguiram-se a região Norte, com 670,4 milhões de euros (19,3% do total), a Madeira, com 218,9 milhões (6,3%), Centro, com 178,8 milhões (5,2%), Açores, com 116,3 milhões (3,3%) e Oeste e Vale do Tejo, com 112,4 milhões (3,2%).
O valor médio de transação foi de 39,3 euros, menos 3,8% que em 2023 e menos 10,6% que em 2022. A evolução do valor médio de transação mantém a tendência de quebra verificada desde a pandemia de covid-19, “com a generalização de pagamento com cartão de despesas mais pequenas, que anteriormente eram pagas com dinheiro”, de acordo com o Turismo de Portugal.
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