A easyJet anunciou hoje uma parceria com a empresa norte-americana JetZero para apoiar a criação de aviões de fuselagem combinada, que permitem reduções de 50% no consumo de combustível e nas emissões de carbono.
O primeiro avião deste modelo será para voos de médio curso, terá mais de 200 lugares e deverá começar a operar já em 2030, anunciou o CEO da JetZero, Tom O’Leary, na apresentação da parceria hoje na Universidade de Cranfield, em Inglaterra.
Tom O’Leary destacou que o desenho revolucionário das novas aeronaves permite melhorar a aerodinâmica e, assim, reduzir o consumo de combustível e as emissões de carbono.
O desenho das novas aeronaves da JetZero é baseado num conceito de corpo e asa combinados, que permite reduzir o peso e o arrasto em grande parte através da eliminação da cauda existente nos aviões comerciais convencionais.
Com a redução da área de superfície e do peso é necessário menos energia, o que leva a um menor consumo de combustível, custos operacionais mais baixos e emissões mais baixas.
Outra inovação destas aeronaves é que, além do jet fuel, também serão compatíveis com as novas soluções de propulsão, incluindo o hidrogénio, que permitirá voar sem emissões de carbono, e o SAF (sustainable aviation fuel).
A easyJet é a primeira companhia aérea europeia a assinar uma parceria com a JetZero, que já conta com apoio da Força Aérea dos Estados Unidos, da NASA, da FAA (autoridade norte-americana da aviação civil) e da Alaska Airlines.
“Queremos trabalhar directamente com as companhias aéreas para perceber como podemos integrar um avião como este nas suas frotas”, afirmou o CEO da JetZero. A parceria com a easyJet mostra que este tipo de aviões “é algo que a indústria ambiciona”, enfatizou Tom O’Leary.
Através da nova parceria, a easyJet partilhará os seus conhecimentos sobre os sistemas de propulsão a hidrogénio, na sequência do trabalho que tem vindo a desenvolver com outros parceiros da indústria, incluindo a Rolls-Royce e a Airbus.
Na mesma apresentação, o CEO da easyJet, Johan Lundgren, destacou a importância das parcerias no caminho para a descarbonização. “Não podemos fazer este caminho sozinhos. Queremos juntar as pessoas que partilham a nossa visão”.
“Os consumidores vão continuar a voar e é a indústria que vai ter que se adaptar para conseguir reduzir as emissões de carbono”, acrescentou Johan Lundgren.
Um dos maiores desafios da transição para combustíveis sustentáveis como o hidrogénio é conseguir que a sua utilização seja “segura, economicamente acessível e capaz de ser integrada nos modelos de negócios existentes”, sublinhou o CEO da easyJet.
A low cost iniciou em 2022 uma estratégia para alcançar o “Net Zero” em 2050 através da renovação da frota, melhoria de eficiências operacionais, modernização do espaço aéreo, utilização de soluções tecnológicas para desenvolvimento de SAF e para remoção de carbono da atmosfera.
O plano da easyJet inclui um objectivo intermédio de redução da intensidade de emissões de carbono em 35% até 2035, em relação a 2019.
O PressTUR viajou para Inglaterra a convite da easyJet
Ver também: easyJet apela para modernização do espaço aéreo para reduzir combustível e emissões
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