Na sua primeira entrevista como senior sales manager da Sabre para Portugal, João Fernandes, garantiu ao PressTUR que a empresa não é apenas mais um GDS (sistemas de reservas utilizados pelas agências de viagens), uma vez que concentra oferta de diversas origens, “normaliza” a informação e apresenta-a uniformizada.
PressTUR: Qual é o foco da Sabre em Portugal nesta fase?
João Fernandes: O foco agora é passar a mensagem da empresa. O importante para nós é que percebam o conceito da Sabre. Não somos apenas mais um GDS. Há diferenças de operação, diferenças técnicas e de abordagem comercial. É importante demonstrar o valor da Sabre e onde é que podemos ajudar. Não queremos ter agências só por ter agências, queremos que os agentes se sintam bem com a Sabre e que percebam que os podemos ajudar. Isso para nós é que é importante.
PressTUR: A Sabre tem acções previstas para 2025? Vão fazer workshops, webinars? Vão estar na BTL?
João Fernandes: Faremos uma acção depois da BTL, que estamos a fechar ainda. E estaremos na FITUR, na BTL não. Queremos mostrar que, além das funcionalidades do NDC na Sabre proporcionarem uma melhor experiência a quem reserva, nós já não somos exactamente um GDS, somos uma espécie de marketplace que concentra toda a oferta existente. Ou seja, juntamos a oferta tradicional EDIFACT, NDCs e low cost, normalizamos o conteúdo e disponibilizamos através da plataforma. Além do NDC da TAP, que tem sido um dos nossos principais pontos de conversa com os agentes de viagens, também temos conteúdo hoteleiro, que também pode ser reservado via GDS. Temos mais de dois milhões de opções de hotelaria no GDS e temos fornecedores como a Booking e a Bedsonline integrados na nossa plataforma. Também temos rent-a-car e a parte terrestre. Temos o Sabre Direct Pay, que é uma ferramenta de pagamento que ajuda a melhorar o flow de trabalho e funciona com qualquer GDS.
PressTUR: O que têm dito as agências de viagens?
João Fernandes: Uma das questões que nos fazem é se estamos aqui para ficar ou se é algo de esporádico. A mensagem que lhes estamos a passar é que Portugal é absolutamente estratégico para a Sabre e viemos para ficar.
PressTUR: A Sabre vai participar em convenções e outros eventos de agências de viagens ao longo do ano?
João Fernandes: Para já ainda não vou estar em nenhuma, mas ideia é entrarmos no circuito comercial normal de promoção junto das agências de viagens. Fará sentido a partir do momento em que assinamos com as agências e que já usam o nosso sistema. O funcionamento de um GDS não é algo que possamos mostrar numa convenção.
PressTUR: Que outras ferramentas da Sabre destaca?
João Fernandes: A Sabre tem uma aliança com a Google para a utilização de Inteligência Artificial, que está integrada na nossa ferramenta e faz com que o nosso algoritmo possa apresentar informação um pouco diferente dos outros colegas. O algoritmo da Sabre com a Inteligência Artificial tem sido uma das mais-valias para os clientes. Com muitos NDCs e muitas low cost fora dos GDS, o desafio das agências de viagens é ter este conteúdo normalizado. Sem isso, o agente de viagens tem que ir ao GDS ver quanto custa um voo Lisboa – Paris e depois ir ao NDC ver quanto custa um Lisboa – Paris e depois vai a uma low cost ver o mesmo. Há uns anos tinha tudo no mesmo sítio, até porque existia menos oferta no mercado. O que os GDS fazem é tentar normalizar esta informação e ter tudo no mesmo sítio. A Sabre, com este conceito de marketplace, normaliza a informação toda e devolve tudo com o mesmo aspecto.
PressTUR: A parceria com a Google facilita a apresentação dos resultados…
João Fernandes: Sim. E os agentes podem reservar NDC para a ida, o regresso com low cost, ou a ida com EDIFACT e o regresso com NDC. Nesse aspecto, eu creio que a Sabre está melhor preparada do que os outros colegas.
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“Sabre vai ser uma grande mais-valia para o mercado português” – João Fernandes
Portugal é estratégico para a Sabre. “Viemos para ficar” – João Fernandes
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