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“Sabre vai ser uma grande mais-valia para o mercado português” – João Fernandes

A Sabre está a investir em Portugal e apostou em João Fernandes, há 25 anos no sector do turismo, para liderar essa missão. Na primeira entrevista desde que está na empresa, o executivo garantiu que a Sabre tem argumentos fortes e será uma mais-valia para as agências de viagens portuguesas.

Nesta fase, o primeiro argumento da Sabre é ser o único GDS (sistema de reservas utilizado pelas agências de viagens) que permite reservar produtos e serviços da TAP Air Portugal via NDC (New Distribution Capability), mas há mais funcionalidades a destacar, garante João Fernandes.

O senior sales manager da Sabre para Portugal reconhece a dimensão do desafio de ganhar quota num mercado dominado há muitos anos por outros dois GDS, mas garante que “a Sabre vai ser uma grande mais-valia para o mercado português”, graças à diversidade de funcionalidades e capacidade de “normalizar a informação” das companhias aéreas para as agências de viagens.

PressTUR: É a primeira vez que o Sabre tem representação baseada em Portugal?

João Fernandes: Havia uma pessoa para o mercado português, mas estava em Londres na sede da empresa. Eu estou baseado em Lisboa. A Sabre decidiu mudar de estratégia e a EMEA [Europa, Médio Oriente e África] é a zona onde está a apostar mais. Portugal já era um mercado que a empresa tinha em mente e agora é totalmente estratégico.

PressTUR: A quem é que o João Fernandes reporta?

João Fernandes: Nesta fase, Espanha e Portugal são uma equipa só. Eu reporto ao Álvaro de Nihant [country manager para Espanha e Portugal]. Tem sido muito gratificante estar aqui. A aposta da Sabre nesta zona da EMEA é absolutamente estratégica. Até mais do que tentar fechar um contrato com uma agência ou um grupo de agências, é importante passar esta mensagem.

PressTUR: Qual é a estratégia da Sabre para o mercado português?

João Fernandes: A aposta é para ficar, para continuar e para ser um player aqui no mercado. Sabemos que não vai ser propriamente fácil, até porque os outros GDS já estão cá há bastante tempo, mas sabemos a proposta de valor que a Sabre tem. A Sabre vai ser uma grande mais-valia para o mercado português.

PressTUR: Porquê?

João Fernandes: Para começar, nesta fase, somos os únicos que têm o NDC da TAP. Os outros colegas ainda estão em desenvolvimento e nós já temos. Isto tem sido a grande mais-valia nesta altura, mas os APIs, as funcionalidades dos NDCs e a oferta das low cost são outros factores diferenciadores relativamente aos outros GDS. A Sabre não é tão conhecida aqui, mas foi o primeiro GDS a ser criado, através de uma parceria entre a American Airlines e a IBM.

PressTUR: Já é possível reservar o conteúdo NDC da TAP através do Sabre?

João Fernandes: A ligação já está feita, mas o conteúdo ainda é bastante limitado. O conteúdo disponível é muito limitado, não por nós, mas porque a TAP vai disponibilizando esse conteúdo e a ideia é que comecem a disponibilizar mais agora em Janeiro.

PressTUR: Quando diz limitado refere-se ao número de rotas disponível ou a outro tipo de oferta?

João Fernandes: O número de rotas, de funcionalidades, de tarifas. Está tudo feito do nosso lado e as agências que têm Sabre já têm acesso ao NDC da TAP. O conteúdo que ficará disponível depende da TAP, nesta fase. Estamos bastante mais adiantados do que a nossa concorrência, que só no Verão de 2025 é que terá, em princípio, disponível. O facto de já termos o NDC da TAP tem sido um trunfo na abordagem ao mercado aqui.

PressTUR: Em que é que a Sabre se diferencia dos outros GDS?

João Fernandes: Além do NDC da TAP, obviamente temos ligações NDC com outras companhias aéreas e nessas, apesar da oferta ser comparável com os restantes colegas, dispomos de mais funcionalidades. É um trabalho que a Sabre está a fazer bastante bem.

PressTUR: Que trabalho é esse?

João Fernandes: O desafio dos GDS tem sido normalizar toda a informação das companhias aéreas para entregar ao agente de viagens. Ou seja, pegar no que está feito de maneira diferente, porque cada companhia aérea tem a sua abordagem, e entregar aos agentes de viagens de forma igual. A Sabre tem feito isso bastante bem e com mais funcionalidades. A partir do momento que as agências de viagens perceberem o potencial da Sabre vão perceber a diferença, nomeadamente no que diz respeito às funcionalidades do NDC.

PressTUR: Quando diz que o Sabre tem mais funcionalidades no NDC que os outros GDS a que se refere? Pode dar algum exemplo?

João Fernandes: Sim. Dependendo da companhia aérea, há umas que permitem fazer reemissões, outras que permitem fazer reembolsos, outras que permitem só reservar refeições, outras que só permitem reservar o tipo de lugar… Nós temos uma oferta mais alargada e, normalmente, temos todas essas funcionalidades incluídas. Antes de entrar na Sabre, constatei que cada GDS, em função do NDC da companhia aérea, disponibilizava algumas funcionalidades e eram sempre diferentes. O que a Sabre fez muito bem foi normalizar e oferecer sempre as mesmas funcionalidades para todos. Um agente de viagens não tem que estar a pensar que, se vai reservar aqui, só consegue fazer isto, e para fazer aquilo tem que ir a outro sítio. Este aspecto tem sido uma vantagem para nós, não só neste mercado, como nos restantes em que a Sabre está presente.

Continua:

Portugal é estratégico para a Sabre. “Viemos para ficar” – João Fernandes

“Não somos apenas mais um GDS” – João Fernandes, Sabre

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