“O Dubai hoje em dia já consegue chegar a uma audiência muito grande” e é o destino de 40% dos passageiros da Emirates que partem de Lisboa, afirmou David Quito, director da companhia em Portugal, em entrevista ao PressTUR.
PressTUR: Quais são os destinos mais procurados pelos passageiros da Emirates que partem de Portugal?
David Quito: O Dubai é sem dúvida o nº1, porque é o voo directo e porque foi dos primeiros destinos a reabrir durante a pandemia. O Dubai é uma grande cidade do mundo, que as pessoas repetem várias vezes, ou para compras, ou para lazer, praia e também reuniões, porque também é um centro de negócios. O Dubai hoje em dia já consegue chegar a uma audiência muito grande. Depois as Maldivas, Maurícias, Bali e Tailândia, que reabriu agora, mas já está a ter uma procura muito grande. Estamos a injectar capacidade para Banguecoque e para Phuket. Também estamos a colocar mais voos para Bali, que já tem dois voos diários e está a funcionar muito bem. O Japão vai ter mais capacidade, tal como as Filipinas. A Austrália e a Nova Zelândia estão a reabrir aos poucos. Estes são os destinos que funcionam mais transversalmente, porque são destinos de lazer ou de negócios que estão a reabrir. Depois há destinos que sempre foram relevantes mesmo durante a pandemia e, por isso, é que a Emirates quis voltar a voar para Portugal mesmo durante a pandemia, em Agosto de 2020.
PressTUR: Que destinos são esses?
David Quito: São os destinos chamados VFR, que significa Visit Friends and Relatives [visitas a amigos e familiares]. São a Índia, Paquistão, Bangladesh e Nepal. São destinos que são sempre relevantes para nós e que funcionaram muito bem durante a pandemia, porque são pessoas querem ver a família ou regressarem aos seus negócios. Estes destinos continuam a ser um pilar importante da nossa operação.

PressTUR: Sobretudo durante a pandemia…
David Quito: Quando a parte do lazer e de empresas não funcionava, porque não podia, este segmento foi o mais resiliente em relação à pandemia.
PressTUR: Qual é a percentagem dos passageiros que partem de Portugal nos vossos voos que têm o Dubai como destino final?
David Quito: Hoje em dia é de 40%. Claro que durante a pandemia eram mais, talvez uns 60%, porque não havia outros destinos abertos. Agora com mais destinos e mais opções, ainda são 40% para o Dubai.
PressTUR: Como é que está a correr o Stopover no Dubai?
David Quito: Continuamos sempre a apostar no Stopover, porque o próprio Dubai já implica isso. A Emirates tem no seu ADN as grandes viagens e, por isso, achamos que é uma mais-valia para os nossos passageiros que vão fazer uma grande viagem visitarem o Dubai, já que passam por lá em trânsito. E também achamos que o Stopover é um princípio para a pessoa depois querer descobrir mais do Dubai numa próxima viagem.
PressTUR: Como é que tem evoluído a venda do Stopover?
David Quito: Fazemos campanhas ao longo do ano com valores agregados em que a pessoa, com o cartão de embarque, tem uma série de vantagens no Dubai, como descontos nos restaurantes, nos hotéis, nas actividades. Isso é sempre um alavancagem do Stopover.
PressTUR: Qual é a percentagem de passageiros de Portugal que usufrui do programa de Stopover?
David Quito: É difícil fazermos essa contagem porque para nós o que conta é o destino final. Mas pela nossa percepção comercial, sabemos que é uma grande percentagem.
PressTUR: Quais são as principais origens dos passageiros que viajam nos vossos voos para Portugal?
David Quito: As principais origens a nível de mercado étnico ou VFR são a Índia, o Nepal, o Paquistão e o Bangladesh. Depois estamos a notar crescimento do número de pessoas que vêm da Coreia do Sul, que sempre foi uma origem muito importante para nós. Taiwan também está a recomeçar. A Austrália está a funcionar muito bem, como África do Sul e Angola.
PressTUR: As maiores origens são as tais rotas Visit Friends and Relatives?
David Quito: Sim. São rotas transversais, são ao longo de todo o ano. São origens que são fundamentais para nós a nível de operação, porque nós temos uma operação diária. Funciona sempre muito bem nos dois sentidos. Há grandes comunidades de estrangeiros a trabalhar em Portugal.
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