A IATA declarou hoje que Abril foi mais um mês de “forte” procura de transporte aéreo, com aumentos acima de 40% face ao mês homólogo de 2022, mas com os voos internacionais a ficarem ainda pouco acima de 80% do nível pré-pandemia de Abril de 2019.
A informação da IATA indica que em tráfego total, a aviação mundial atingiu em Abril 90,5% do tráfego que teve no mês homólogo de 2019, e em voos internacionais ficou mesmo em apenas 83,6% do que foi em 2019, o que evidencia que o impacto da pandemia está longe de estar superado.
Do ponto de vista da indústria a perspectiva é que a situação vai continuar a melhorar, já que a inflação está em abrandamento, libertando mais recursos para a compra de viagens, a confiança dos consumidores está a aumentar, significando menos receios em despender em viagens e os preços do jet fuel estão a baixar, diminuindo a pressão sobre os custos.
Estes mesmos factores foram destacados pelo director-geral da IATA e e-CEO do IAG, Willie Walsh, que conclui que concorrem para a perspectiva de continuação de crescimento forte e sustentado da procura de transporte aéreo e de moderação da pressão do lado dos custos.
A informação da IATA destaca também os ganhos em taxa de ocupação, com a taxa média a situar-se em 81,3%, sobressaindo as norte-americanas, com 85,6%, as europeias, com 83,8%, e as latino-americanas, com 81,4%.
A IATA também assinalou que o tráfego doméstico já superou o nível pré-pandemia, mas segundo a sua informação o tráfego doméstico em Abril representou apenas 42% do tráfego total.
A associação destacou na mesma informação as suas críticas às opções europeias em matéria de gestão do tráfego aéreo na Europa, dando como exemplo o caso holandês, que diz ser ilustrativo de opção errada pela penalização das companhias por falhas de terceiros, designadamente “gestão ineficiente” e “falta de pessoal” nos serviços de navegação.
A única medida que poderia melhorar a situação é o Céu Único Europeu, acrescenta, comentando que evitar a “repetição dos erros europeus” noutras regiões “já seria um útil ponto de partida”.