A história do vinho de talha começa com os romanos há cerca de dois mil anos, o que é verificável nas ruínas da Villa Romana em São Cucufate, e continua até aos dias de hoje e pode ser experimentado numa das várias adegas da região, ou na Adega Cooperativa.
O Centro Interpretativo do Vinho de Talha, em Vila de Frades, é um bom ponto de partida para conhecer esta tradição alentejana com origens romanas. Neste espaço é possível conhecer o processo de produção, o seu contexto histórico, alguns dos instrumentos mais utilizados, as tradições e, naturalmente, experimentar o Vinho de Talha.
Depois de uma contextualização histórico-cultural, a sugestão é uma visita às Ruínas da Villa Romana de São Cucufate, que são impressionantes pela sua dimensão e estado de recuperação, que permite viajar um pouco no tempo e imaginar como seria a vida desta abastada família romana.
Esta ‘casa num monte alentejano’ data do século I, tendo sido aumentada nos séculos II e IV, e foi redescoberta em 1947 para ser investigada durante uma década por um conjunto de arqueólogos franceses nos anos 70.
As visitas às ruínas são livres, mas também podem ser guiadas a pedido e com a duração de cerca de 45 minutos. No auditório também há um filme que ajuda a contextualizar uma visita, e está disponível em português, francês, inglês e alemão.
Uma visita às vinhas centenárias de Vila Alva ajuda a complementar este roteiro histórico-cultural e permite perceber o contexto a que levou à plantação das vinhas de uma forma que implica a sua apanha manual.
O dia pode terminar com uma visita à Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, onde é possível visitar a Casa das Talhas e experimentar, entre os diferentes vinhos e licores aqui produzidos, as suas produções de talha branco, tinto, premium branco e premium tinto, sendo que os dois últimos são vinhos daquelas que foram eleitas as melhores talhas de branco e de tinto no passado Dia de São Martinho.
Neste espaço também se promove a produção de medronho e aguardente, bem como vinhos licorosos, como o licor de Antão Vaz. Há também o 1498, um vinho em homenagem a Vasco da Gama, I Conde da Vidigueira, que resultou em 1498 garrafas de colecção. As barricas de carvalho francês, utilizadas apenas para este vinho, estão na sala 1498, onde são recebidos dignatários que visitam o espaço.
O PressTUR viajou a convite do Município de Vidigueira
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