Uma viagem à Grécia é uma viagem no tempo, especialmente em locais como Micenas e Epidauro, onde ficamos a conhecer a história dos oponentes da Guerra de Tróia e das origens da medicina moderna, ou como o Canal de Corinto, idealizado por Nero e hoje uma realidade.
Começando pelo Canal de Corinto, este foi projectado pelo Imperador Nero, tendo as suas obras sido canceladas aquando da morte do imperador devido aos custos elevados do projecto. Ainda é possível observar vestígios destes trabalhos.
Quase dois milénios depois, o istmo que separa o Egeu do Golfo de Corinto foi quebrado pelo Canal de Corinto, cujas obras decorreram entre 1881 e 1893.
Um istmo é uma faixa de terra que conecta uma península ao continente, ou duas faixas de terra de maiores dimensões, e ao separar dois pedaços de terra, o canal ligou o Mar Egeu ao Golfo de Corinto, reduzindo significativamente o percurso em torno desta espécie de península.
O resultado é um corte gigantesco na terra, que aparenta ter sido feito a régua e esquadro, com um fundo azul turquesa de águas calmas, e paredes de pedra clara escavada.
São seis quilómetros de distância que podem ser percorridos de barco, mas que devido aos cerca de 20 metros de largura, é restrito a vários navios de transporte de carga e até cruzeiros de maiores dimensões.
Actualmente é utilizado para passeios de cruzeiro em embarcações de tamanho reduzido.
EPIDAURO
O sítio arqueológico de Epidauro tem no seu magnífico e magnificamente preservado teatro o seu cartão-postal, seja pela sua aparência imponente, pela capacidade para cerca de 12.000 pessoas, ou pela sua acústica irrepreensível.
Além do teatro, este local conta com ruínas dos templos de Artemis e Asklepios, o Tholos, as acomodações do Enkoimeterion e o propileu, num conjunto que representa uma espécie de sanatório que antecede os hospitais modernos.
Segundo a UNESCO, é notável a evolução deste santuário, desde meados do segundo milénio antes de Cristo, quando era utilizado para cerimónias de cura, passando pelo século VIII a.C. quando foram acrescentados rituais dedicados a Apolo, até ao século VI a.C., quando foi introduzido o culto de Asklepios. As práticas aqui desenvolvidas espalharam-se pelo mundo greco-romano.
Este local tem ruínas de edifícios que desempenhavam diferentes funções no santuário, como banhos, biblioteca, hospital, acomodações, entre outros.
MICENAS
O sítio arqueológico de Micenas, ou Mycenae, que figurou largamente nas obras de Homero, Ilíada e Odisseia, e que até hoje continua a influenciar a cultura, arte e literatura europeia é um local a não perder.
O famoso poeta cego contou a história do mítico Agamemnon, Rei de Micenas, e do seu irmão Menelau, marido da famosa Helena de Tróia, que colocou os Achaeans, desta região, contra os Troianos.
A localização desta cidade é estratégica e isso é facilmente observável quando se olha em volta e toda a paisagem circundante é observável e dessa forma mais fácil de defender.
A imponência do Portão do Leão é um dos mais impressionantes exemplos deste local arqueológico, enquanto que a Tesouraria de Atreus, também conhecida como Túmulo de Agamemnon, ilustra não só a capacidade arquitectónica como a riqueza deste povoamento.
De acordo com a UNESCO, o sítio arqueológico de Micenas é complementado pelo sítio arqueológico de Tiryns, a cerca de 20 quilómetros, como ruínas de duas das mais importantes cidades da Grécia Antiga.
O PressTUR viajou a convite da Lusanova
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