Os espanhóis, que são tradicionalmente um dos maiores contingentes de turistas a viajarem para Portugal pelas festas de fim do ano, ascendendo em Janeiro de 2023 a segundo maior contribuinte para as receitas turísticas, este ano reduziram esses gastos.
Dados publicados pelo Banco de Portugal indicam que foram contabilizados 137,77 milhões de euros de gastos no país por turistas residentes em Espanha, que traduzem um decréscimo em 5,4% ou 7,9 milhões em relação ao primeiro mês de 2023.
Espanha baixou, assim, de 2º maior emissor, em Janeiro de 2023, para 4º, no primeiro mês deste ano, depois do Reino Unido, com 178,87 milhões de euros, Alemanha, com 152,33 milhões, e França, com 145,34 milhões.
Além dos turistas residentes em Espanha, também os residentes em Itália e no Luxemburgo reduziram os seus gastos em Janeiro deste ano relativamente ao primeiro mês de 2023, respectivamente em 2,4% ou 0,89 milhões de euros e em 5,8% ou 1,36 milhões de euros.
Ainda assim, os gastos agregados de turistas residentes em países da União Europeia aumentaram 5,6% ou 38,27 milhões de euros, totalizando 725,85 milhões, que significaram 51,4% do total de receitas turísticas portuguesas em Janeiro.
Essas quebras, no entanto, deixaram a sua marca, com a contribuição dos turistas residentes na União Europeia a baixarem a sua contribuição para as receitas turísticas portuguesas em 2,8 pontos, com decréscimo de 3,1 pontos na contribuição dos residentes em países da Zona Euro, para 46,7%, com o montante de 659,7 milhões de euros.
Esta evolução é marcada, igualmente, pela evolução em alta dos gastos de turistas residentes em países do continente americano, em 1,4 pontos, para 19,7%, com o montante de 277,88 milhões de euros, +19,5% ou mais 45,28 milhões que há um ano.
Este aumento assentou na evolução em alta dos gastos de turistas residentes nos Estados Unidos, que subiram 14,9% ou 16,59 milhões, para 128,28 milhões, e no Brasil, que aumentaram 24,2% ou 18,76 milhões, para 96,33 milhões.
Os turistas residentes no Brasil e nos Estados Unidos foram, aliás, os que fizeram os 2º e 3º maiores aumentos de gastos em Portugal, depois dos residentes no Reino Unido, que aumentaram 23,86 milhões, para 178,87 milhões.
Os residentes no Reino Unido asseguraram assim a manutenção da liderança dos emissores para Portugal em Janeiro, à frente dos residentes na Alemanha, com 152,33 milhões, em França, com 145,34 milhões, e seguidamente em Espanha, Estados Unidos e Brasil.
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