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Solução para rentabilidade das agências de viagens “não está na regulamentação” – Pedro Costa Ferreira, APAVT

“Não é na regulamentação que está a chave do negócio, é na competitividade”, defendeu o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, ao comentar as preocupações das redes de distribuição sobre o impacto das promoções dos operadores turísticos na rentabilidade das agências de viagens.

“Percebemos as preocupações e achamos que o diálogo entre os diversos concorrentes deve continuar, mas temos a obrigação de explicar que não há soluções fáceis ligadas a resoluções jurídicas”, sublinhou Pedro Costa Ferreira.

“A resolução é sempre no lado da competitividade, é assim o negócio”, defendeu o dirigente.

Este mês, Carlos Baptista, administrador da Bestravel e da GEA Portugal, defendeu que os operadores turísticos devem estabelecer um limite sobre o valor da comissão que as agências de viagens podem abdicar quando divulgam os seus programas, para evitar que “destruam o valor do produto”. Clique para ler: Operadores turísticos devem impedir “destruição do preço” na divulgação dos seus produtos – Carlos Baptista, Newtour.

Também este mês, os responsáveis da rede de agências Mercado das Viagens revelaram que as sucessivas campanhas de promoções dos operadores estão a reduzir a rentabilidade da venda de pacotes turísticos. O director, Adriano Portugal, defendeu que as agências e os operadores têm que “encontrar soluções que dignifiquem a profissão e beneficiem o mercado”. Clique para ler: Mercado das Viagens investe na venda à medida para compensar redução da rentabilidade dos pacotes.

Questionado sobre estas reivindicações, o presidente da APAVT reage “com naturalidade”, declarando que “o mercado é isso mesmo” e “não há soluções fáceis”.

“Geralmente, as soluções estão no negócio, no modo como o fazemos e no modo como somos competitivos”, defendeu Pedro Costa Ferreira.

O presidente da APAVT reconhece que o aumento da oferta provoca descida do preço e isso “provoca, geralmente, descida da rentabilidade”, mas os dados sobre o sector das agências de viagens apontam para crescimento. “As margens brutas provavelmente não estão a ser afectadas, [as que] estão a ser afectadas [são] as margens relativas”, indicou.

“Mais de 80% do VAB do sector é construído por associados da APAVT”

Em conferência de imprensa esta terça-feira em Lisboa, o presidente da APAVT recordou que, em 2022, a actividade das agências de viagens e dos operadores turísticos em Portugal gerou um valor de 5,8 mil milhões de euros, o que equivale a 2,4% do PIB e a 2,8% do Valor Acrescentado Bruto (VAB).

Os dados destacados por Pedro Costa Ferreira consideram efeitos directos, indirectos e induzidos e são de um estudo encomendado pela APAVT à consultora EY, apresentado em finais de Outubro passado, no Congresso da Associação.

Pedro Costa Ferreira destacou que o estudo revela que “mais de 80% do Valor Acrescentado Bruto do sector é construído por associados da APAVT”.

O resultado líquido médio de uma empresa associada da APAVT é de 108 mil euros, quase o dobro da média do sector (60 mil euros) e quatro vezes mais que a média das empresas não associadas (25 mil euros), sublinhou o dirigente.

A remuneração média anual de uma empresa associada da APAVT é de 21 mil euros, superior à média do sector (19 mil euros) e à média das não associadas (15 mil euros), acrescentou Pedro Costa Ferreira.

Ver também:

“75 anos a olhar o futuro” será o tema do Congresso da APAVT em Macau

Agências de viagens e operadores turísticos representam 2,6% do PIB em Portugal – APAVT/EY

Para aceder ao site da APAVT clique aqui.

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