O administrador do Grupo Newtour, que lidera a Bestravel e a GEA Portugal, Carlos Baptista, defende que os operadores turísticos devem impedir a “destruição do preço” dos seus produtos na divulgação que as agências de viagens fazem deles.
“Deve haver um limite sobre a comissão que o operador turístico permite que seja destruída na comunicação do produto” feita pela distribuição, afirmou Carlos Baptista em conferência de imprensa no Faial, onde decorre a 20ª Convenção da Bestravel.
“Os hoteleiros já fazem isto há muitos anos, controlam o preço que é comunicado e não deixam que os canais de distribuição destruam o valor do produto”, enfatizou o administrador do Grupo Newtour.
A medida passaria por contratualizar a fatia da comissão que as agências de viagens podem retirar do preço anunciado nas suas comunicações ao público. “É importante que isto seja feito entre operadores e distribuição, sob pena de estarmos a destruir valor”, frisou Carlos Baptista.
Questionado sobre o impacto que a negociação das redes de agências de viagens junto dos operadores turísticos provoca na definição dos preços, Carlos Baptista garante que aquilo que as agências pedem aos operadores são “as melhores condições de mercado e não a destruição do preço do produto”.
“Quando estamos em comunicação, pedimos campanhas, como é natural, e essas campanhas são construídas com parceiros com necessidade de escoar produto, mas não significam destruição total do preço”, garante o executivo.
Já as campanhas de última hora “muitas vezes apresentam preços mais baixos do que qualquer preço apresentado em qualquer momento de campanha anterior”.
No ano passado, as campanhas de última hora ou “last minute” provocaram quebras de preço. “Ajudaram-nos com números totais de produção, mas é algo que nos preocupa”, porque “reeduca o cliente a esperar por um momento de quebra de preço”, sublinhou o administrador do Grupo Newtour.
As campanhas de last minute “não são positivas”, representam “quebras de preço para alcançar níveis de procura superiores”.
Para Carlos Baptista é necessário haver “uma correcta adequação da oferta à procura para que todos os players do mercado possam ganhar dinheiro, tanto na distribuição como na tour operação”, mas esse trabalho “tem que ser feito” pelos operadores turísticos. Contudo, “o histórico não nos demonstra que haja esse trabalho”.
“Costumamos dizer que quando o mercado está mal, está mal, e quando está bom, nós enquanto players tratamos de o estragar”, enfatizou o administrador.
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