No hotel Six Senses Douro Valley, a sustentabilidade anda de mãos dadas com as experiências que se proporcionam aos hóspedes e com a pegada que a empresa quer deixar no Douro. Eis um luxo que vai além do material.
Poderíamos dizer que o Six Senses Douro Valley fica gravado na nossa memória porque está instalado na paisagem única e classificada do Douro Vinhateiro, que é tão cinematográfico que ficou efetivamente imortalizado num dos filmes do grande Manoel de Oliveira ou porque tem o melhor Spa da Europa e, sim, tudo isto é verdade, mas este hotel, um dos poucos em Portugal na categoria do ultra-luxo, é muito mais do que isso.
Como diz o novo diretor do hotel, Oriol Juvé de Yebra, o Six Senses Douro Valley não quer ser “um hotel de luva branca” (para ler a entrevista clique aqui) e, por isso, a sua maior aposta é na conexão que estimula entre os hóspedes e as pessoas que aqui trabalham, entre os próprios hóspedes, pois são inúmeras as experiências partilhadas (caminhadas, passeios de barco, workshops vários) e os hóspedes e o próprio local, relembre-se, o Alto Douro Vinhateiro é património Classificado pela Unesco desde 2001.
Localizado paredes-meias com a Quinta da Pacheca, em Lamego, numa propriedade de quatro hectares recheada de inspiradores recantos que dissolvem o stress num ápice, o Six Senses Douro Valley tem 71 quartos, com vistas deslumbrantes para o rio e para os socalcos do Douro. Cerca de uma dezena está separada do edifício principal e têm piscinas e jardim privativos, podendo ser reservados em conjunto (fazem sucesso no segmento dos casamentos) ou em separado, quase uma espécie de mini-hotel dentro do hotel.
A unidade conta ainda com três restaurantes (oferta que se vai expandir em breve – para saber mais clique aqui) que vão buscar ingredientes às três hortas biológicas da unidade (também integradas nos workshops para os hóspedes). O Spa, considerado o melhor da Europa pelo World Spa & Wellness Awards 2024, conta 2.200 m2 e acolhe 10 salas de tratamento, piscina interior de grandes dimensões com terapias de som subaquático e jatos de massagem, bem como sauna, banho turco, ginásio e a cereja no topo do bolo – tudo isto com vista para os jardins secretos da herdade e para o vale do rio Douro.
Marcado por um registo de luxo acolhedor e contemporâneo na sua decoração interior, o Six Senses instalou-se numa antiga e secular propriedade vinícola, do século XIX, existindo ainda, pelos diversos espaços da unidade, reminiscências desse tempo, como é o caso de um dos salões nobres usado para a realização de eventos e onde se pode apreciar o mural de azulejos seculares e o brasão da carismática família Serpa Pimentel, antigos proprietários, devidamente homenageados em fotografias de grande dimensão, em contexto lúdico, e que se podem encontrar em vários espaços do hotel.
Emblemática é também a “wine library”, onde se faz o tributo ao vinho, não só da região demarcada do Douro, mas de todo o país, com mais de 700 referências. É também aqui que se realizam as provas dos vinhos para os hóspedes do hotel, criando momentos de conexão entre as pessoas, uma das imagens de marca da Six Senses, de acordo com o diretor de markerting do Six Senses Douro Valley, Richard Bowden.
Da cerimónia do fogo à gastronomia ‘premium’
O “cardápio” de experiências é vasto, algumas são gratuitas, outras pagas e desfrutadas em conjunto com outros hóspedes, ou ainda feitas à medida de quem quer ter privacidade.
Só nas “tours” dedicadas à sustentabilidade a oferta é muita, e vai desde o circuito pedonal ao jardim orgânico e a parte da floresta centenária, integrada nos quatro hectares da herdade, passando pelas hortas biológicas e a colheita de ervas aromáticas até à possibilidade de se fazer workshops cujos resultados podemos levar para casa (desde velas com cera de abelha ou óleo alimentar reciclado, pickles, óleos ou exfoliantes corporais, etc).
Nas gastronómicas há também várias opções desde workshops de culinária, onde o hóspede mete efetivamente a mão na massa sob a orientação de um dos chefes da cozinha e saboreia o resultado, até à experiência gastronómica Premium e uma das mais requisitadas em que o chefe proporciona, em exclusivo, a degustação de nove pratos com a devida harmonização vínica.
A oferta holística é igualmente muito diversificada e inclui a matinal aula de ioga para os madrugadores, ateliês de escrita terapêutica (recuperando o velho bom hábito dos diários), ou, entre outras, a inesquecível cerimónia do fogo realizada já ao entardecer, onde se selam promessas e/ou se descarregam pesos emocionais para pequenos papéis que são depois, simbolicamente, atirados à fogueira.
“Isto é o Six Senses, criar experiências à volta dos cinco sentidos, sendo o sexto a intuição. O Six Senses é muito sobre conectar amigos, família, pessoas”, sublinha o diretor de markerting do hotel, Richard Bowden.
A sustentabilidade, em todas as vertentes, anda de mãos dadas não só com as experiências que se proporcionam aos hóspedes, mas com a pegada que o grupo tailandês quer deixar no Douro. E por isso quando nos sentamos à mesa de um dos três restaurantes do hotel sabemos que a comida é toda confeccionada com recurso a produtores locais (e por isso estão a investir para receber o selo verde da Michelin), os funcionários parecem estar genuinamente motivados (a maioria está a tempo inteiro, sendo a unidade um dos maiores empregadores locais) e até os animais perdidos que aqui vêm parar, não só são acolhidos, como se tornam as mascotes, com tratamento VIP, do hotel, como é o caso da cadela Aqua e do cão Foxy (cujas fotos estão impressas nos cartões/chave dos quartos).
“Sim, aqui a sustentabilidade é levada à séria e vai além dos painéis solares ou dos economizadores de água… Queremos retribuir não só para os nossos, mas para a própria região e por isso criámos um fundo de sustentabilidade que doa 0,5% das receitas operacionais para projetos de várias organizações locais”, explica ainda o diretor de marketing. Desde 2015, altura em que a marca passou a assegurar a gestão da exploração do hotel, já foram distribuídos quase meio milhão de euros para projetos de carácter ambiental e social da região. Um exemplo que outras marcas poderiam replicar.
Ver também: “Não somos um hotel de luva branca” – Oriol Juvé de Yebra, diretor do Six Senses Douro Valley
O PressTUR viajou a convite do Six Senses Douro Valley
Para aceder ao site do hotel clique aqui.