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Ryanair poderá adiar recepção de aviões Boeing devido às tarifas de Trump

O CEO da Ryanair, Michael O’Leary, anunciou que as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderão levar a low cost a adiar a recepção dos 25 aviões do fabricante norte-americano Boeing que prevê receber a partir de Agosto.

“Se forem impostas tarifas a estas aeronaves, há uma grande probabilidade de adiarmos a entrega”, afirmou Michael O’Leary ao “Financial Times”.

“Podemos adiá-los e esperar que o bom senso prevaleça”, frisou o CEO da Ryanair, acrescentando que a low cost só necessita destes aviões em Março ou Abril de 2026.

De acordo com o “Financial Times”, as importações para os EUA de países que não a China estão sujeitas a uma tarifa de 10% e o sector também é afectado por outros impostos de 25% sobre o aço e o alumínio, materiais essenciais no fabrico de aeronaves. A União Europeia, na semana passada, suspendeu a imposição de tarifas de retaliação sobre determinados produtos dos EUA.

Os aviões construídos e as peças importadas para os EUA serão afectadas pela taxa de 10%, mas a construção de aviões nos EUA e noutros locais também se tornará mais cara, porque dependem de cadeias de abastecimento internacionais que abrangem a Ásia, a Europa e os EUA, acrescenta o jornal britânico.

O “Financial Times” recorda que o CEO da Delta Air Lines, Ed Bastian, afirmou na semana passada que a transportadora norte-americana vai adiar as suas encomendas ao fabricante europeu Airbus. “Não pagaremos tarifas… Se começarem a colocar um custo adicional por uma aeronave, torna-se muito difícil a matemática funcionar. Por isso, fomos claros com a Airbus sobre esse tema”.

As entregas de aviões a companhias aéreas chinesas também estão a ser afectadas pelas tarifas de Trump. Citando uma fonte familiarizada com o processo, o jornal britânico indica que a Juneyao Airlines, sediada em Xangai, adiou a recepção de um avião Boeing B787 devido às incertezas.

Na quarta-feira, dia 16 de Abril, o governador da Califórnia, Gavin Newson, anunciou que vai avançar para tribunal para suspender as tarifas que Donald Trump decretou ao abrigo de uma lei de emergência económica, contestando a autoridade do presidente norte-americano para implementar a medida sem aprovação do Congresso, de acordo com o “Público“.

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