O CEO da Ryanair, Michael O’Leary, revelou hoje em Lisboa que a companhia aérea deverá transportar este ano o mesmo número de passageiros de/para Portugal que em 2023, mas com preços “cerca de 5%” mais baixos nos meses de Verão.
Depois de ter revelado ontem que teve quebras de receitas nos seus maiores mercados (para ler clique aqui), o CEO da low cost, Michael O’Leary, revelou hoje em Lisboa que Portugal não é excepção. “Os volumes de passageiros em Portugal estão estáveis e as tarifas estão ligeiramente abaixo”, frisou o executivo.
A previsão de transporte de passageiros de/para Portugal este ano mantém-se nos 13,5 milhões, como em 2023, com 5,6 milhões de passageiros no Porto, 3,8 milhões em Lisboa, 3,6 milhões em Faro, 300 mil no Funchal, 100 mil em Ponta Delgada e 100 mil na Terceira.
O CEO da Ryanair atribui esta estagnação a uma “limitação artificial” de capacidade em Lisboa e ao aumento das taxas aeroportuárias imposto pela ANA Aeroportos/Vinci em todos os aeroportos portugueses, como já havia defendido no final de 2023 (clique para ler: CEO da Ryanair culpa Governo e ANAC pela redução dos seus voos em Portugal / ANA responde à Ryanair: “taxas médias para 2024 são inferiores às de 2019”).
No início deste ano, a Ryanair esperava que as tarifas subissem no Verão entre 5% e 10%, mas na Páscoa baixou essa perspectiva para um aumento até 5%. “E ontem anunciámos que esperamos que as tarifas caiam cerca de 5% nos meses de Junho, Julho, Agosto e Setembro”, frisou Michael O’Leary.
O CEO da Ryanair defende que “ninguém sabe o que acontece às tarifas aéreas no curto prazo”, porque “é o consumidor que as define”.
“Nós temos os aviões, definimos os calendários de voos e temos que encher esses voos. Se conseguimos enchê-los com tarifas que são 5% mais altas ou 5% mais baixas, em última análise, não é uma decisão nossa. Os consumidores fazem as decisões”, de acordo com o executivo.
Actualmente, “os consumidores europeus estão a pagar taxas de juro mais altas, empréstimos mais caros. Estão sob pressão. As pessoas vão de férias, mas não vão desperdiçar dinheiro. Estão dispostos a viajar, mas tem que ser com tarifas mais baixas”, concluiu Michael O’Leary.
Ver também: Ryanair apresenta ao Governo plano para duplicar passageiros em Portugal
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