A GEA Portugal vai continuar a trabalhar como até agora, com Pedro Gordon como director-geral e com a mesma participação de 40% na empresa, mantendo equipa e filosofia de negócio, mas a entrada de novos accionistas permitirá melhorias na operação e o desenvolvimento de um projecto “abrangente”.
“Uma das premissas, por minha vontade e dos dois novos accionistas, é que não se vai alterar nada, a equipa continua como está” e as agências “mantêm a sua total independência”, garantiu Pedro Gordon aos jornalistas em Coimbra, durante a 18ª Convenção da GEA Portugal.
Foi notícia na quinta-feira que Pedro Costa Ferreira, através da PCF Consultores, e Tiago Raiano, através do Newtour, adquiriram a participação de 60% do Grupo GEA Portugal detida por Prisciliano Fernández.
Pedro Gordon disse aos jornalistas que o negócio foi realizado porque Prisciliano Fernández “já tem alguma idade e quer descansar”. A sua filha é a sua sucessora e considera que a gestão da empresa em Espanha é suficiente e é nisso que se quer focar.
A reacção das agências de viagens do Grupo GEA Portugal à entrada de novos investidores “em termos gerais foi bastante positivo”, embora existam “algumas inquietudes” sobre a manutenção do negócio como está, indicou Pedro Gordon.
Mas o director-geral garante que tudo ficará como antes e que apenas “poderá acontecer que, com as sinergias e as economias de escala que se vão gerar, e com a partilha de conhecimento, tudo o que for para melhorar o modus operandi e as acções do Grupo GEA será implementado”.
Por outro lado, Pedro Gordon sublinha que “não foi pela rentabilidade da GEA” que os novos investidores compraram uma participação, mas sim para implementar “um projecto mais abrangente, que inclui desenvolvimento em diferentes áreas”.
O executivo confirmou que “outros grupos manifestaram interesse na compra da parte do sócio espanhol”, mas este “recusou negociar com outros enquanto decorressem as negociações com o grupo português”.
Sobre manter a sua quota na empresa, Pedro Gordon afirmou que quer continuar com a sua participação na GEA Portugal “o máximo de tempo possível, salvo se receber uma oferta irrecusável”.
Pedro Gordon rejeita que o negócio da GEA em Portugal possa ressentir-se do afastamento da GEA Espanha, porque “hoje em dia o Grupo GEA Portugal já tem massa crítica para negociar directamente os acordos” e, além disso, “continuamos com uma relação com a GEA Espanha em que, se quisermos, podemos negociar conjuntamente”.
A GEA Portugal é o agrupamento líder de agências de viagens em Portugal, com 390 empresas que têm 487 balcões.
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