“Se olharmos para o sector como um todo, temos a certeza que 2023 não vai ser tão bom como 2022”, mas será “mais um passo na recuperação dos nossos balanços”, afirmou o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT).
O sector das agências de viagens vai fechar este ano com “resultados muito próximos de 2019”, o que “é fantástico”, começou por dizer Pedro Costa Ferreira, que falava na 18ª Convenção Anual da GEA, no Sábado, no hotel Vila Galé Coimbra.
As agências de viagens conseguiram “uma óptima recuperação” em 2022, algo que “significa muito, mas não significa o fim do caminho”, avisou.
A estimativa de Pedro Costa Ferreira é que o sector terá perdido em 2020 e em 2021 “entre seis e sete anos de resultados de 2019”, o que significa ainda levará “cerca de seis anos e meio a recuperar os balanços”.
Para 2023, o presidente da APAVT considera que “a maior certeza é a incerteza, sobretudo por causa da guerra, mas também porque as questões pandémicas, apesar de parecerem ultrapassadas, ainda existem”.
As únicas certezas que existem para 2023 “não são favoráveis”, designadamente “a certeza da desaceleração económica em todo o mundo”, que “nalguns casos será recessão”, alertou Pedro Costa Ferreira.
Desta forma, “se olharmos para o sector como um todo, temos a certeza que 2023 não vai ser tão bom como 2022”, afirmou o presidente da APAVT. Contudo, prevê que “que seja positivo e que seja mais um passo na recuperação dos nossos balanços”.
E acrescentou: “em média, acho que é razoável, racional e sério dizer que esperamos que 2023 seja positivo, mas será eventualmente ou quase de certeza inferior a 2022”.
Pedro Costa Ferreira recomenda para o próximo ano “ter a ousadia de continuarmos a tentar ser cada vez maiores, termos cada vez mais escala e sermos mais do que a dimensão de nós próprios em termos de agências”.
A rede de agências de viagens independentes GEA Portugal “é um óptimo exemplo de criação de escala sem perda de independência”, acrescentou o presidente da APAVT. “É visível no acesso a condições de venda, porque temos acesso a condições de compra que não teríamos sozinhos, no acesso a tecnologia que não teríamos se estivéssemos sozinhos, no acesso a maior capacidade de intervenção, como é o caso da BTL, onde não conseguiríamos aceder se estivéssemos sozinhos, e no acesso a mais conhecimento”.