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Nantes: uma cidade criativa, rica em história

Uma cidade criativa, jovem e ao mesmo tempo rica em história, Nantes é tão surpreendente que consegue levar-nos, numa só caminhada, de um castelo até uma ilha habitada por animais gigantes de aço e madeira.

As esplanadas cheias de jovens e o trânsito com muito mais bicicletas que carros marcam a primeira imagem do centro de Nantes, a sexta maior cidade de França, onde habitam pouco mais de 300 mil pessoas, embora contando com a área metropolitana supere os 900 mil.

A qualidade de vida desta cidade no estuário do rio Loire, a apenas 50 quilómetros da costa atlântica, atrai quase oito mil novos residentes por ano.

Nantes tem três facetas unidas em torno de uma característica singular: tudo envolve criatividade, nada é somente utilitário. Mas já lá vamos.

Caminhando a partir da Place Royale, começa a desvendar-se a primeira faceta de Nantes, a dos edifícios de ostentação de riqueza construídos durante uma fase de grande prosperidade, quando Nantes concentrava quase metade do comércio de escravos entre França e as suas colónias atlânticas.

Grande exemplo de riqueza é a Passage Pommeraye, uma galeria de lojas de luxo com três andares, com escadarias enfeitadas, tectos adornados e estátuas nos varandins a segurar candeeiros. Foi edificada no século XIX e podia ser simplesmente uma passagem entre duas ruas, mas quis a criatividade que fosse um monumento.

Nantes também tem a sua faceta medieval. Basta caminhar pela estrada de pedra da rua Kervégan, ladeada de esplanadas de bares de cerveja artesanal para imaginarmos um cenário da Idade Média.

Contudo, o mais notável espaço histórico da cidade é o Castelo dos Duques da Bretanha, que combina vários estilos de construção, mas essencialmente parece saído de um conto de fadas, com um fosso em seu redor, com lagos, jardins e pontes de pedra para os atravessar.

O bairro circundante é uma viagem medieval por estradas de pedra e edifícios antigos que apreciamos enquanto nos dirigimos, sempre a pé, até à imponente Catedral de estilo gótico, actualmente em restauro.

Na Ilha de Nantes

Continuamos a pé e o cenário volta a mudar radicalmente quando atravessamos a ponte para a Ilha de Nantes, envolvida pelos braços do rio Loire. Desaparece o ruído do trânsito, reina a tranquilidade à sombra das árvores.

Com a Revolução Francesa e a abolição da escravatura, Nantes encontrou nas indústrias naval e alimentar a sua nova fonte de receita. Mas os tempos voltaram a mudar e o fim dos estaleiros libertou a Ilha de Nantes para o que é hoje em dia, um bairro moderno e criativo, onde estão escolas de artes, escritórios de empresas, bares, restaurantes e uma das mais famosas atracções da cidade: As Máquinas da Ilha (Les Machines de l’Île).

A atracção principal é um elefante com 12 metros de altura, feito em aço e madeira, que anda lentamente pela praça a apontar a tromba aos mais encalorados, e também aos mais distraídos, para os borrifar com água.

Com passageiros a bordo, o elefante atravessa a praça até ao Carrossel dos Mundos Marinhos, um carrossel com criaturas dos oceanos que parecem saídas das “Vinte Mil Léguas Submarinas” de Júlio Verne, famoso escritor francês não por acaso nascido em Nantes.

Visitamos também as oficinas instaladas nos antigos estaleiros, onde estão outros animais mecânicos, incluindo uma aranha, uma garça e uma preguiça, que podemos até manobrar.

Todos estes animais mecânicos farão parte do novo projecto em construção, a Árvore das Garças, uma estrutura com 35 metros de altura e 55 metros de largura. Será possível subir e caminhar pelos ramos de aço quando inaugurar em 2027.

A criatividade é o que une estas três facetas de Nantes, o uso dos equipamentos públicos para fazer arte, que observamos por toda a cidade.

O festival Le Voyage à Nantes

Todos os anos, o Turismo de Nantes (Le Voyage à Nantes) convida um artista para visitar a cidade e criar uma obra a partir da sua interpretação sobre o que conheceu.

Assim, todos os anos, e já lá vai uma década, novas peças enriquecem a cidade. Existe uma linha verde pintada no chão que leva quem a seguir a todas estas obras, bem como aos atractivos clássicos da cidade. Como se renova a cada ano, tem já 22 quilómetros. A celebração desta iniciativa acontece durante o Verão e este ano será de 2 de Julho a 11 de Setembro.

Outros atractivos relevantes incluem o estuário de Nantes, com 33 obras artísticas ao longo de 60km, o espaço cultural Le Lieu Unique, na antiga fábrica de bolachas LU, e o bairro de Chantenay, que oferece um percurso por vários miradouros passando também pelo museu Júlio Verne.

Para saber onde comer e dormir em Nantes clique aqui.

O PressTUR visitou Nantes a convite da Transavia, Le Voyage à Nantes e Futuroscope

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