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Lufthansa anuncia vasto programa de turnaround face a prejuízos no 1º semestre

O Grupo Lufthansa anunciou ontem o lançamento de um vasto programa de turnaround para a sua companhia de rede alemã que lhe ‘dá’ o nome, apontando “ineficiências” nas suas operações de voos, bem como “elevados” custos de localização na Alemanha e nos novos contratos colectivos de pessoal navegante e de terra.

O anúncio do programa foi incluído na comunicação do grupo sobre os seus resultados no segundo trimestre, em que o resultado operacional caiu cerca de 300 milhões de euros, apesar de um aumento das receitas de passagens em cerca de 5%, totalizando 13,6 mil milhões de euros.

O grupo especificou que pretende aumentar “consistentemente” as receitas pela introdução do seu novo produto de voo de longo curso Allegris e o lançamento da Lufthansa City Airlines, bem como novos investimentos em melhorias designadamente na experiência de voo proporcionada aos passageiros, focando-se em operações eficientes e tranquilas.

O CEO do grupo, Carsteb Spohr, destacou, logo na abertura da sua declaração sobre o balanço, que “voar não perdeu nenhum do seu fascínio”, para destacar que o problema não é uma queda da procura, que “permanece forte”, mas preço e custos, na situação de mercado na Ásia, além de impactos de situações como atrasos na recepção de novos aviões e greves.

O grupo informou que no primeiro semestre somou 17.399 milhões de euros de receitas, em alta de 6%, incluindo 14.332 milhões de receitas de voos, em alta de 4%, mas um prejuízo operacional de 212 milhões de euros, em contraste com um lucro de 777 milhões no primeiro semestre do ano passado, com uma quebra no segundo trimestre de 1.081 para 659 milhões.

Enfatizando que o grupo não antevê problemas de quebra da procura, a informação frisa que antecipa mais um “bom Verão”, referindo que até ao fim de Outubro as reservas estão em alta de mais de 10% e apontando Portugal, Espanha, Itália e Grécia como os destinos “mais populares” no médio curso e Estados Unidos, Japão e Sul de África no longo curso.

O grupo indicou que perpectiva ter no trimestre 96% da capacidade que tinha no período homólogo pré-pandemia de covi-19 (2019), mas com os yields (preço por passageiro voar um quilómetro) em baixa de um dígito em relação ao ano passado, enquanto o custo unitário (por lugar voado um quilómetro) variará em idêntica proporção, mas de sinal contrário, em alta.

Nessa medida, o grupo admite uma queda do resultado operacional este Verão, quando o terceiro trimestre é habitualmente o período em que as companhias ‘fazem’ dinheiro para compensar as épocas de baixa, atribuindo a quebra face ao lucro de 1,5 mil milhões no ano passado aos problemas na Lufthansa Airlines.

O grupo indicou adicionalmente que prevê um resultado operacional ajustado de não recorrentes este ano mil milhões de euros inferior ao do ano passado, dependendo ainda de incertezas relacionadas com volumes de investimento no segundo semestre.

O grupo indicou que embora tenha registado no segundo trimestre um aumento da procura em 9,4%, o yield caiu 3,7% e a receita unitária, que incorpora a variação da taxa de ocupação, que caiu um ponto, caiu 5,3%, com -3,9% nos voos intra-europeus, -5,6% nos transatlânticos (-5,7% para a América do Norte e -6,6% para a América do Sul), -10,7% na Ásia e Pacífico, e aumento apenas em África e Médio Oriente e em 1,2%.

O grupo especificou ainda que no segundo trimestre a alemã Lufthansa teve 4.514 milhões de euros de receitas, a Swiss teve 1.665 milhões, a Austrian 667 milhões, a Brussels 394 milhões e a Eurowings 829 milhões.

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