A tecnológica Amadeus, que tem o maior GDS (sistema que processa a disponibilização e reservas de voos por agências de viagens) do mundo, anunciou que no primeiro semestre superou os três mil milhões de euros de receitas do processamento de reservas de aviação, com um aumento do número de reservas em apenas 2,9%.
A companhia, sediada em Espanha especificou que o impulso do crescimento das receitas de Distribuição veio do aumento da receita unitária em 7,6%, que atribui a um “mix de efeitos”, que não especifica, referindo-se apenas à inflação, ajustamentos e renovações anuais e novos acordos.
O seu balanço mostra que processou 242,4 milhões de reservas aéreas de agência de viagens, com uma receita de 1.506 milhões de euros, que é a maior das suas três áreas de actividade, à frente da IT Solutions, que trata de soluções para a aviação, como a gestão de passageiros com a Altéa, de que a TAP é um dos clientes, que facturou 1.061 milhões de euros, e a mais recentemente criada Hospitality & Other Solutions Revenue, que somou 485,6 milhões de euros.
Em variação relativamente ao ano passado, as três áreas tiveram aumentos a dois dígitos, com +17,6% na IT Solutions, +13,2% na Hospitality e +10.7% na Distribution, tendo assim um aumento médio de proveitos de 13,4%, para 3.052,6 milhões de euros, com um lucro operacional em alta de 18,6%, somando 871,1 milhões de euros, e uma subida do lucro líquido de 20,2%, para 650,1 milhões.
O balanço destaca os progressos que o Amadeus tem registado na sua estratégia NDC (novo modelo de distribuição de produto aéreo para agências de viagens criado pela IATA) e destaca o acordo com a British Airways para utilização do seu Amadeus Network Revenue Management, que prevê a criação de um Centro de Solução Conjunto e o desenho conjunto de novas capacidades que proporcionarão à companhia britânica do IAG “optimizar o seu processo de decisão comercial”.
O Amadeus especificou que no segundo trimestre teve um aumento das reservas processadas em 3%, para 117,2 milhões, com uma subida da receita em 8,8%, para 741,6 milhões de euros, porque a receita média por reserva processada subiu 5,6%, para 6,33 euros, aquém, portanto, no aumento médio no semestre, que foi de 7,6%, para 6,21 euros.
O balanço especifica que no primeiro semestre a Europa Ocidental foi a região onde o Amadeus teve maior número de reservas, com 68 milhões ou 28,1% do total do período, seguindo-se América do Norte, com 62,4 milhões ou 25,8% do total, Ásia e Pacífico, com 50,7 milhões ou 20,9% do total, Médio Oriente e África, com 28,7 milhões ou 11,8% do total, Europa Central, do Leste e do Sul, com 18,9 milhões ou 7,8% do total, e América Latina, com 13,6 milhões ou 5,6% do total.
A companhia também mostrou que no semestre ultrapassou os 1.000 milhões de passageiros embarcados com o Altéa, com o total de 1.029 milhões, incluindo 320,4 milhões na Ásia e Pacífico, 320,1 milhões na Europa Ocidental, 185,7 milhões na América do Norte, 96,2 milhões no Médio Oriente e África, 53,9 milhões na América Latina e 52,8 milhões na Europa Central, do Leste e do Sul.
Apesar da maior facturação da Área Distribuição, o Amadeus mostrou que no primeiro semestre a IT Solutions foi a que teve a maior contribuição, definida como receitas menos custos directos (pessoal e despesas relacionadas) mais capitalizações, com 757,3 milhões de euros, seguida por Distribuição, com 731 milhões, e Hospitality, com 166,2 milhões.
A companhia também especificou que a IT Solutions é a área que gera a maior margem, com 71,4%, mais 0,3 pontos que há um ano, seguindo-se Distribution, com 48,5%, mais 0,2 pontos que há um ano, e Hospitality, com 34,2%.
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