A agência de viagens online (OTA) eDreams acusou a companhia aérea low cost Ryanair de fazer uma campanha de difamação contra os seus produtos e serviços, através da qual pretende “enganar os consumidores”.
A agência de viagens divulgou hoje um comunicado onde anuncia que “o Tribunal de Comércio de Barcelona emitiu medidas provisórias contra a Ryanair, ordenando a cessação imediata dos seus comportamentos que denigrem a eDreams ODIGEO e os seus produtos”.
De acordo com a eDreams, trata-se de uma “ordem urgente pré-julgamento”, baseada “em fortes evidências de que a Ryanair se envolveu numa campanha de difamação contra a eDreams e o seu programa Prime que dura há vários meses, disseminando múltiplas alegações falsas para enganar os consumidores e competir de forma desleal, violando o Artigo 9.º da Lei da Concorrência Desleal”.
A empresa sublinha que esta decisão do Tribunal de Barcelona “segue-se a um parecer definitivo anterior, confirmado pelo Supremo Tribunal de Espanha, que já tinha ordenado à companhia aérea que parasse com as suas tácticas de difamação e comportamento anti concorrencial em relação à eDreams ODIGEO”.
A eDreams ODIGEO acrescenta ainda que “também conseguiu uma vitória legal contra a Ryanair na Alemanha, onde os Tribunais ordenaram que a companhia aérea cessasse diversas práticas enganadoras e anti consumidor”.
Estas práticas, de acordo com a agênica, “incluem a cobrança de taxas aos consumidores pela utilização de métodos de pagamento específicos, a falta de transparência na apresentação do preço final ao longo do processo de reserva, a exigência de que os consumidores criem uma conta de utilizador para comprar bilhetes, a aplicação de leis e tribunais irlandeses aos consumidores europeus e a seleção automática da concordância com os termos e condições sem a seleção ativa do utilizador, entre outras”.
“A estratégia de difamação da Ryanair, que também já visou múltiplos outros agentes de viagens online, tem como objectivo coagir os concorrentes a assinar acordos de distribuição anti-concorrenciais e anti-consumidores”, sublinha o comunicado da eDreams.
A empresa garante ainda que “as autoridades de protecção de dados de vários países europeus estão a investigar as práticas discriminatórias da Ryanair para com os clientes”. A OTA menciona “investigações no Reino Unido, França, Espanha, Bélgica e Polónia”, que abrangem “alegações de práticas de invasão de privacidade que violam o RGPD, como pedir dados biométricos desnecessários e impor taxas adicionais aos consumidores segundo o canal pelo qual efetuaram a sua reserva”.
Na quinta-feira, dia 25 de Julho, a Ryanair anunciou que o Tribunal Regional de Berlim, na Alemanha, decidiu a seu favor num caso contra a eDreams. Para ler clique: Tribunal alemão decide a favor da Ryanair em caso contra eDreams.
Para aceder ao site da eDreams clique aqui.