spot_img
- Publicidade -
- Publicidade -

CEO da TAP admite taxa ambiental para compensar custo do SAF apenas em voos internacionais

O CEO da TAP, Luís Rodrigues, afirmou hoje que está a analisar a aplicação de uma taxa ambiental para compensar o custo da utilização de SAF (combustível sustentável) e garantiu que os voos domésticos estarão isentos desta solução.

A União Europeia determinou que o SAF terá que representar 2% do combustível fornecido nos aeroportos da UE já a partir de 2025, o que significa um aumento na despesa das companhias aéreas.

O custo do SAF “é três a quatro vezes maior do que o combustível normal”, frisou o CEO da TAP num almoço com jornalistas esta quinta-feira.

Luís Rodrigues recordou que outras companhias aéreas europeias já anunciaram alterações aos preços para compensar a subida dos gastos com SAF. “É difícil que não seja assim, a questão é o montante”, frisou o executivo, revelando que a TAP já está “a discutir fazê-lo” e garante que “os preços domésticos estarão sempre isentos disso”.

“Não vamos cobrar por este tema dentro das rotas de Lisboa, Porto, Faro e ilhas”, assegurou Luís Rodrigues.

Outros desafios

A sustentabilidade é um dos grandes desafios da TAP para os próximos anos, mas o primeiro desafio destacado por Luís Rodrigues “é a instabilidade geopolítica, que agora se junta à instabilidade meteorológica”, e que condiciona “tremendamente” a actividade da companhia aérea.

A instabilidade geopolítica e meteorológica “cria ansiedade na procura”, obriga a análises de risco mais intensivas sobre os destinos para onde a TAP pretende voar, o que “gera mais custos”, e condiciona a cadeia de abastecimento de peças de aviões ou qualquer outro produto, alertou o executivo.

As interrupções nas rotas de Telavive, Valência, Porto Alegre e, mais recentemente, Maputo, são exemplos do impacto da instabilidade geopolítica e da instabilidade meteorológica destacados pelo executivo.

O “aumento do contexto da pressão regulatória” é outro dos grandes desafios da companhia para 2025. Luís Rodrigues sublinhou que existem “cada vez mais regras a cumprir e o custo de fazer o negócio está a tornar-se cada vez mais insuportável”.

Outro grande desafio destacado pelo executivo é “a gestão do espaço aéreo na Europa, que está muito difícil e que levou ao CEO de uma das maiores companhias aéreas da Europa a fazer uma petição pública para os cidadãos europeus se insurgirem contra a gestão do espaço aéreo, porque causou atrasos em milhares de voos este ano, o que gera enormes custos para as companhias aéreas”.

Ver também: Controlo de tráfego aéreo prejudicou 909 mil passageiros em Portugal desde Abril, diz Ryanair

Ver também: TAP alerta para subida dos custos com uso do combustível sustentável (SAF)

Para aceder ao site da TAP clique aqui.

- Publicidade-spot_img
- Publicidade -