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APAVT: nova directiva e problemas nos aeroportos entre os grandes desafios das agências de viagens

A nova directiva europeia sobre viagens organizadas e os constrangimentos nos aeroportos portugueses são alguns dos grandes desafios que as agências de viagens enfrentam nos próximos tempos, salientou o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira.

Esta quinta-feira, na tomada de posse como presidente da Associação para o seu quinto mandato, Pedro Costa Ferreira garantiu que a APAVT vai “continuar a defender os interesses do sector e dos associados, onde e quando se justificar”.

Sobre os desafios das agências de viagens para os próximos anos, o presidente da APAVT advertiu que “a agenda nunca está fechada”, mas há “temas que já sabemos nos irão acompanhar nos próximos tempos”.

“Não estamos pessimistas” em relação à nova directiva

Um dos desafios dos próximos anos é a implementação de uma nova directiva europeia sobre viagens organizadas, sobre a qual “não estamos pessimistas”, sublinhou. “A procissão está agora a sair do adro, mas bem sabemos que teremos de voltar a defender intransigentemente os nossos interesses, assim como estar absolutamente disponíveis para dialogar, conciliar, somar, junto da tutela, bem como, evidentemente, novamente disponíveis e interessados em trabalhar uma posição conjunta com a DECO”.

Em declarações ao PressTUR no início de Dezembro, Pedro Costa Ferreira avisou que, apesar de ainda estar longe de ser “um texto definitivo e final”, a nova proposta de Bruxelas sobre as viagens organizadas mantém “a centralidade da responsabilidade nas agências de viagens”, colocando “em risco quem pode reembolsar o consumidor”. Clique para ler: APAVT: Nova proposta de Bruxelas sobre viagens organizadas “coloca em risco quem pode reembolsar o consumidor”.

Problemas nos aeroportos de Lisboa, Porto e Funchal

Os agentes de viagens também terão que continuar a lidar com os problemas nos aeroportos portugueses, incluindo “a lamentável inexistência de uma solução para o novo aeroporto [da região de Lisboa], em que a APAVT estará, como tem estado, junto da CTP”.

Pedro Costa Ferreira alertou também para “as dificuldades de obtenção de slots, as más experiências de turistas nacionais e internacionais, e mesmo a capacidade de desenvolvimento de operações noutros aeroportos, concretamente o do Porto”.

Estes temas “serão tratados em sede tanto do capítulo de operadores, como dos capítulos aéreos, de distribuição e de incoming”, garantiu o dirigente.

É com “esperanças ténues” que Pedro Costa Ferreira encara a “capacidade política para resolver esta questão, ainda mais com a recente crise política”. Por isso, acrescentou, “estamos absolutamente decididos e motivados a manter o bom trabalho conjunto que temos realizado, quer junto da Administração da ANA quer junto da ANAC”.

Pedro Costa Ferreira também espera “que o problema brutal do aeroporto de Lisboa não oculte outros problemas da mesma matriz”, designadamente “as dificuldades de operação no aeroporto da Madeira, onde poderá haver medo político de alterar antigos parâmetros técnicos, quando toda a tecnologia, em terra e no ar, já evoluiu exponencialmente”.

“Revolução” na relação com as companhias aéreas

Outro tema que a APAVT continuará a acompanhar nos próximos tempos é a “revolução na relação da indústria aérea com o sector”. Por um lado, porque “a TAP e outras companhias aéreas, anunciaram a intenção de introduzir o NDC no mercado português”, e, por outro, “porque a IATA mantém a pressão sobre uma relação já de si injusta, totalmente desequilibrada, desenhada pelos poderosos lobbies europeus da indústria aérea”.

O presidente da APAVT compromete-se a tentar “construir as pontes de diálogo que permitam estabelecer o tempo e o modo de tão profundas alterações”, que “não são as primeiras, e não será a primeira vez que as saberemos ultrapassar com êxito, protegendo as nossas empresas e, sobretudo, os nossos clientes”.

“O que pode agora ser diferente”, enfatizou Pedro Costa Ferreira, “é a credibilidade absoluta dos dirigentes da TAP, facto que só nos pode ajudar a desenvolver tão exigente tarefa”.

Em declarações ao PressTUR em Dezembro, o presidente da APAVT sublinhou que a implementação da distribuição da TAP via NDC “vai alterar de forma bastante radical” a forma como as agências de viagens vendem voos da companhia, mas “não necessariamente para pior”. Clique para ler: Alteração da distribuição com NDC da TAP será “radical”, mas “não necessariamente para pior” – APAVT.

Outros desafios destacados por Pedro Costa Ferreira incluem “as dificuldades de mobilidade da operação turística em Lisboa”; “a inexistência de uma estratégia integradora do Património Cultural no Turismo”; a Inteligência Artificial; o relacionamento com o cliente; a sustentabilidade; e a modernização da carreira profissional dos agentes de viagens, “que desejamos fazer em conjunto com o sindicato do sector”.

Ver também:

Pedro Costa Ferreira deixará presidência da APAVT no final de 2026

Para aceder ao site da APAVT clique aqui.

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