Os hotéis da Vila Galé no Brasil facturaram no ano passado mais 14% que em 2019, com o mercado interno a fazer 93% das dormidas, uma vez que o país “continua a não ser atractivo para o mercado internacional”, segundo o presidente e fundador do grupo.
Mesmo com o câmbio favorável, com 1 euro a valer 5,6 reais, “o Brasil continua a não ser atractivo para o mercado internacional, por várias razões, como alguma instabilidade política e alguma imagem de marca muito excessiva sobre a segurança”, afirmou Jorge Rebelo de Almeida, num almoço com jornalistas em Lisboa.
Ainda assim, os dez hotéis da Vila Galé no Brasil facturaram 464 milhões de reais, cerca de 83 milhões de euros, mais 25% que em 2019, pré-pandemia.
Excluindo os hotéis de Alagoas e São Paulo, que não existiam em 2019, o aumento das receitas foi de 14%, para 423 milhões de reais, cerca de 76 milhões de euros.
Questionado sobre o impacto das eleições no Brasil, Jorge Rebelo de Almeida responde com o bom desempenho do novo hotel do grupo em Alagoas, inaugurado no final de Junho: “abriu há seis meses, era pouco conhecido, e agora está com 97% de ocupação e estamos a falar de um hotel com 513 quartos”.
“O Brasil está a normalizar e vai normalizar rapidamente”, perspectiva o presidente do grupo hoteleiro.
A oferta da Vila Galé no Brasil inclui três hotéis de cidade, seis resorts tudo incluído e um resort urbano, que em 2022 registaram 568 mil quartos ocupados, 1,35 milhões de dormidas e 324 mil clientes.
O maior mercado emissor para os hotéis da Vila Galé no Brasil é o mercado brasileiro, com 93% das dormidas, seguido da Argentina, com 2%, e Portugal, com 1,5%.
Ver também:
Vila Galé vê “margem para crescer” nos Estados Unidos, Brasil e Alemanha
Mais de 40% das reservas para hotéis Vila Galé em Portugal foram vendas directas