O alojamento turístico português melhorou em 6,9% a receita média por quarto disponível (RevPAR) nos primeiros cinco meses deste ano, e atingiu 52,9 euros por quarto existente.
A informação do INE relativa ao mês de Maio indica que a RevPAR, indicador da hotelaria mais seguido a nível internacional, foi de 78,3 euros, que traduzem um aumento em 12% relativamente ao ano passado.
Os dados mostram que esse aumento decorre de subida do preço médio (ADR), que foi em Maio de 9,4%, para 123 euros, e da taxa de ocupação de quartos, que atingiu 63,7%, mais 1,5 pontos que há um ano.
O Instituto indicou que em Maio só os estabelecimentos de alojamento turístico na Grande Lisboa tiveram descida de ocupação em relação a Maio de 2023, em 0,9 pontos, para 80,6%, que ainda assim foi o valor mais alto do mês, do qual apenas se aproximou a Madeira, com 80,5%, em alta de 0,3 pontos.
Apesar da descida de ocupação, as unidades de alojamento turístico da Grande Lisboa tiveram em Maio um aumento da RevPAR em 10% ou 12,6 euros, para 138,1 euros, que foi por grande margem o valor mais alto de todas as regiões turísticas portuguesas, por ter a taxa de ocupação e o ADR mais elevado de todas as regiões.
Depois de Lisboa, que beneficia de ter uma grande percentagem de turismo de negócios, por ser a capital e ter o maior aeroporto do país, a região que teve a RevPAR média mais elevada foi a Madeira, cujas características são muito diferentes, com predomínio do turismo de lazer e acessos que mais escassos, com 92,5 euros, em alta de 18,9% ou 14,7 euros em relação a Maio de 2023.
A subida mais forte de RevPAR em Maio foi, no entanto, na Península de Setúbal, com +22%, para 60,2 euros, seguida pelos Açores, com +20,2%, para 68,5 euros.
Ainda com subidas a dois dígitos, mas já na casa das dezenas, seguiram-se as subidas de RevPAR na Madeira, em 18,9%, para 92,5 euros, Alentejo, em 17,7%, para 50 euros, Oeste e Vale do Tejo, em 17,2%, para 37,1 euros, Algarve, em 11,9%, para 68,8 euros, Porto e Norte, em 10,1%, para 70,7 euros, e Grande Lisboa, em 10%, para 138,1 euros.
A região Centro foi, assim, a que teve o aumento de RevPAR mais fraco, em 3,4%, mas ainda assim com melhoria em relação a Maio de 2023, para 31,8 euros.
A subida generalizada da RevPAR traduz os aumentos simultâneos de preço e ocupação que em Maio variou entre 41,2% na região Centro e mais de 80% tanto em Lisboa (80,6%) como na Madeira (80,5%).
Os dados do INE mostram que Maio foi um mês de subidas da ocupação, à excepção apenas da Grande Lisboa onde houve uma descida de 0,9 pontos.
Os Açores foi a região onde o alojamento turístico teve o maior aumento de ocupação em Maio, em 7,4 pontos, seguindo-se Alentejo, com +4,5 pontos, Península de Setúbal, com +4,2 pontos, Oeste e Vale do Tejo, com +3,4 pontos, Algarve, com +2,4 pontos, Porto e Norte, com +0,9 pontos, e Centro com +0,8 pontos.
Em ADR, que representa o preço médio das estadas, o aumento mais forte do mês de Maio foi na Madeira, em 18,4%, para 115 euros, seguindo-se Península de Setúbal, com +14,2%, para 90,7 euros, Grande Lisboa, com +11,2%, para 171,4 euros, Oeste e Vale do Tejo, com +8,7%, para 78,1 euros, Porto e Norte, com +8,4%, para 118,8 euros, Algarve, com +7,8%, para 107,3 euros, Açores, com +6,6%, para 104,6 euros, Alentejo, com + 5,9%, para 112,1 euros, e Centro, com +1,4%, para 77,1 euros.
Ver também: Alojamento turístico atingiu mais de 2.000 milhões de euros de proveitos até Maio
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