O CEO do grupo Ryanair, Michael O’Leary, espera que o novo governo polaco seja mais “europeu” que o anterior partido nacionalista “Lei e Justiça”, que acusou de conter o crescimento da companhia.
Depois de oito anos de governo do partido nacionalista e populista “Lei e Justiça”, Donald Tusk, anterior presidente do Conselho Europeu, e presidente do partido de centro-direita, “Plataforma Cívica”, foi eleito primeiro-Ministro.
“Temos esperança que o novo governo olhe mais para o exterior”, indica o CEO do grupo da Ryanair, Michael O’Leary, citado pela Reuters na imprensa internacional, “quanto mais a Polónia olhe para a União Europeia… melhor será para a Polónia, a economia polaca e para o crescimento da Ryanair na Polónia”.
A companhia tem o objectivo de aumentar em 10% o número de passageiros no país até aos 18 milhões de passageiros em 2024, sendo que conta com 30 novas rotas para este ano, totalizando 300.
“Acredito que o governo anterior estava interessado em conter esse crescimento”, afirmou o CEO da low cost europeia, “eles não queriam que a Ryanair se expandisse, então encontrámos muita interferência política”.
Particularizando nas críticas ao partido nacionalista, O’Leary afirmou ainda que “o plano do aeroporto central foi o plano mais idiota alguma vez inventado por um governo bastante idiota… nunca fez sentido, sempre fomos contra isso, é estúpido”.
Além da crítica em relação a este aeroporto, a Ryanair queixa-se do limite de capacidade dos aeroportos de Varsóvia Modlin e Chopin.
“Temos planos ambiciosos para a duplicar a nossa operação na Polónia nos próximos 6-8 anos, mas o que precisamos é de um aumento de infraestrutura”, apelou o CEO.
Segundo a imprensa internacional, que cita a Reuters, o novo governo polaco está a ponderar os planos para a construção de um hub, que estava previsto que estivesse operacional em 2028, com capacidade anual para 40 milhões de passageiros, no entanto as obras de construção ainda não começaram.
O’Leary também deixou uma promessa em relação a outro país do Leste Europeu, “seremos a maior companhia aérea na Ucrânia, assim que a guerra terminar”.
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