As equipas de cabine da Ryanair, que servem as operações nos aeroportos de Zaventem-Bruxelas e Charleroi, vão entrar em greve no último fim-de-semana do ano e nos dias 7 e 8 de Janeiro, afectando 107 voos e cerca de 19.000 passageiros.
Os sindicatos CNE e ACV Puls convocaram a greve devido à recusa da companhia aérea em remunerar os seus funcionários com o ordenado mínimo legal em vigor. De acordo com a publicação britânica “Express”, as negociações para um novo acordo laboral colectivo entre os sindicatos e a companhia estão paradas há meses.
A mesma publicação adianta que o staff baseado em Zaventem, cujo centro de operações da Ryanair foi encerrado em Outubro, está preocupado com o futuro da sua situação profissional. A imprensa belga, citada pelo Express, indica que a administração da companhia aérea afirmou que ia tomar uma decisão sobre o futuro do staff desta base durante a época natalícia.
Didier Lebbe, secretário permanente do sindicato CNE, em declarações ao Le Soir e citado pelo Express, afirmou que cabe à Ryanair encontrar soluções para os passageiros afectados e que “ainda há espaço em vários voos antes e depois do fim-de-semana. A Ryanair deve dar prioridade aos que forem afectados pela greve”.
O responsável criticou ainda a postura da companhia aérea, afirmando que a “política de ‘monopólio’, que consiste no destacamento temporário e ilegal de staff para outras bases europeias da Ryanair – para Dublin ou Londres, por exemplo, intensificou-se”, alegando que a companhia está a tentar forçar as pessoas a demitirem-se.