O presidente da American Express Global Business Travel, uma das maiores companhias mundiais de gestão de viagens empresariais, alertou numa conferência em Londres para o risco da implementação do NDC se tornar “uma distração” de outros investimentos necessários.
Andrew Crawley, citado pelo “Business Travel News” descreveu o NDC como uma tecnologia não standard e ainda em desenvolvimento, e defendeu que “é uma boa coisa para as companhias aéreas para as ajudar a ganharem mais dinheiro”.
Andrew Crawley, entrevistado pela principal responsável de Viagens, Reuniões e eventos da EY durante o Business Travel show, em Londres, afirmou que a “complexidade de mergulhar” no NDC é elevada com todos os API de cada NDC a serem um pouco diferentes.
Por API (Airline Programming Interface) de cada companhia “temos que implementar por cada GDS, por cada país e por cada companhia”, argumentou, rematando que a implementação e os seus custos serão “bem mais complicados e demorados do que as companhias gostariam, do que as TMC [travel management companies] gostariam e que os clientes gostariam”.
Crawley frisou que o foco da AMEX GBT continua a ser que “todo o conteúdo esteja disponível no Marketplace”.
De acordo com o “The Beat”, a AMEX GBT desenvolveu um standard mínimo que companhias aéreas e distribuição precisam de preender integralmente, mas só o grupo Air France KLM está próximo e entrou numa “aproximação faseada” de disponibilização do NDC nas suas plataformas.
O executivo alertou ainda que o NDC provavelmente necessitará de “uma nova versão do reshopping”, já que as companhias vão criando ofertas cujos conteúdos não são consistentes entre diferentes companhias.
A perspectiva que avançou é de que será necessária uma chamada clara para a standardização no NDC e o seu prognóstico é que isso irá ‘cair nas mãos’ dos GDS.