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“Os Açores têm condições extraordinárias para o turismo durante o Inverno” – Carlos Baptista

A Picos de Aventura, empresa de animação turística sediada nos Açores, quer combater a sazonalidade turística da região com diversificação da procura e com novas propostas para usufruir do destino “mesmo num dia chuvoso”.

Em conversa com os jornalistas em Ponta Delgada, Carlos Baptista, administrador da Picos de Aventura, do Grupo Newtour, falou sobre a estratégia da empresa para combater a forte redução da procura pelos Açores no Inverno.

A sazonalidade turística faz com as que as empresas do sector precisem de reforçar as equipas no Verão e reduzi-las no Inverno, o que, para Carlos Baptista, dificulta a “retenção de recursos humanos, o desenvolvimento desses recursos e a melhor remuneração dos mesmos”, afectando a sustentabilidade dos negócios.

A solução é aumentar a procura nos meses de menor movimento e, para alcançar esse objectivo, a Picos de Aventura está a apostar em produtos que permitam “usufruir dos Açores mesmo num dia chuvoso”, como canyoning, excursões de carrinha com visitas às piscinas termais, canoagem e passeios pedestres.

“Os Açores têm condições extraordinárias para o turismo durante o Inverno”, garante Carlos Baptista. “Há determinados produtos que – e, sendo açoriano, sou suspeito – prefiro usufruir no Inverno, como as piscinas naturais ou o canyoning”.

Outra estratégia da Picos de Aventura para combater a sazonalidade é apostar no segmento MICE (Meetings, Incentives, Conferences, Exhibitions).

“Já foi um segmento muito trabalhado nos Açores, na altura em que a época alta era quase só Julho e Agosto. Hoje é mais estendida, de meio de Maio a finais de Setembro, mas ainda há muito por fazer nas pontas e temos apostado muito nos grupos e incentivos”, afirmou Carlos Baptista.

O MICE está a recuperar da pandemia mais lentamente que o lazer, mas há sinais de retoma. “Este ano já tivemos um grupo com 125 pessoas, o que para nós é positivo”, disse o administrador.

Sobre a promoção dos Açores na época baixa, Carlos Baptista afirmou que é preciso “resolver o problema de base, que é sempre o produto”. A promoção “é fundamental”, mas tem que ser feita em cima de um “trabalho de produto e de preparação do território”.

Contudo, Carlos Baptista sublinha que “já existem alguns segmentos e produtos bem trabalhados que merecem ser puxados na promoção”. É preciso “não ter vergonha de dizer: está a chover e nós temos o canyoning para fazer, que é uma actividade extraordinária com essas condições”.

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