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Newtour/MS Aviation vai recorrer da decisão do Governo dos Açores na privatização da Azores Airlines

A Newtour/MS Aviation anunciou que vai analisar os fundamentos que venham a ser apresentados pelo Governo dos Açores para o cancelamento da privatização da Azores Airlines e “recorrer a todos os mecanismos legais que estiverem ao seu alcance”.

Em comunicado, a Newtour/MS Aviation sublinha que “tudo fará para defender” a posição dos membros do consórcio “cuja credibilidade e reputação foram colocadas em causa no decorrer do concurso”.

O consórcio revela que tomou conhecimento da suspensão da privatização através da comunicação social e garante que “desconhece formalmente os fundamentos que estão na origem desta decisão”.

Os motivos para o cancelamento, de acordo com a imprensa portuguesa, apontam para uma alegada alteração significativa das condições económicas e financeiras tidas em conta na avaliação inicial da companhia aérea.

A Newtour/MS Aviation considera que “a razão apresentada não tem fundamento, designadamente porque a fase de negociação prevista nas regras do concurso poderia acomodar uma eventual alteração das condições económicas e financeiras tidas em conta na avaliação inicial da companhia aérea”.

No comunicado, o consórcio revela que lhe foi negado “o acesso a vários documentos do concurso, designadamente ao Relatório Final elaborado pelo Júri, já que o solicitou por diversas vezes e através dos canais próprios”, e acrescenta que “conhece apenas o que foi divulgado pela comunicação social”.

O vice-presidente do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), Artur Lima, de acordo com uma notícia da Lusa citada na imprensa portuguesa (para ler no “Eco” clique aqui), anunciou ontem que o Conselho de Governo dos Açores “deliberou não dar seguimento ao processo de privatização da Azores Airlines devido à alteração significativa das condições económicas e financeiras tidas em conta na avaliação inicial da companhia”.

A decisão de cancelar o concurso foi tomada após uma avaliação da companhia aérea, feita por um consultor, que a coloca agora a valer “mais de 20 milhões de euros”, quando no início do processo estava avaliada em seis milhões, de acordo com Artur Lima.

A privatização da maioria do capital da Azores Airlines é uma das exigências do plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia em Junho de 2022, como contrapartida pelo apoio estatal de 453,25 milhões de euros. A venda terá de ser concretizada até ao final de 2025.

O vice-presidente do Governo dos Açores garantiu que irá “iniciar brevemente o novo processo de privatização da Azores Airlines”, sem revelar datas.

O consórcio Newtour/MS Aviation foi considerado pelo júri da privatização como o único candidato viável no concurso público internacional para a privatização de entre 51% e 85% da Azores Airlines. A proposta do consórcio recebeu uma notação de 46,69 pontos em 100 do júri, uma avaliação de “suficiente”, tendo em conta que a nota positiva começa em 25 pontos.

O júri, liderado pelo economista Augusto Mateus, alertou na altura para a falta de “força financeira” do consórcio para garantir a execução do caderno de encargos e a sustentabilidade da companhia aérea.

As principais estruturas sindicais também se opuseram à venda da transportadora do grupo SATA à Newtour/MS Aviation. No seu parecer, o conselho de administração da companhia aérea também defendeu que o concurso fosse anulado e lançado um novo.

Para mais notícias clique: Empresas&Negócios

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