A Magnet, que se dedica à emissão de bilhetes de avião para agências de viagens, começou este ano com um crescimento “fortíssimo”, assente em novos clientes e em aumentos de vendas dos existentes, que permitem antecipar a superação dos resultados de 2023.
Em declarações na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), o director e fundador da Magnet, Nuno Vargas, começou por revelar que o volume de vendas da empresa no ano passado aumentou 17% em relação a 2019, pré-pandemia.
Este crescimento permitiu à Magnet alcançar uma quota de mercado de 4,8% em BSP Portugal, que é o sistema de intermediação entre companhias aéreas e agências de viagens gerido pela IATA (associação que representa a maioria das companhias aéreas).
Os dados do BSP Portugal a que o PressTUR teve acesso mostram que as agências de viagens portuguesas realizaram 981,2 milhões de euros em vendas de voos regulares processadas em BSP, um novo recorde anual. Clique para ler: Agências de viagens portuguesas atingem novo recorde anual de vendas de voos.
No início deste ano, a Magnet está “num forte quadro de crescimento”, com uma quota de mercado em BSP Portugal superior a 6%, revelou Nuno Vargas. Ver também: Agências de viagens portuguesas começam ano com melhor Janeiro de sempre em vendas de voos.
Para o director da Magnet, o início deste ano está a confirmar o que parecia ser uma tendência verificada no início de 2023, altura em que houve um crescimento muito expressivo da venda de viagens, associado a uma espécie de vingança pelo tempo que as pessoas estiveram impedidas de viajar devido pandemia de covid-19.
Este “início de ano fortíssimo” tem vindo a mostrar que “aquilo que poderia ser uma tendência só daquele momento, parece estar a confirmar-se”, enfatizou Nuno Vargas. E acrescentou: “eu encontro alguma justificação para este crescimento no facto das pessoas terem passado as viagens para um nível muito superior na sua lista de prioridades”.
Por outro lado, o crescimento da Magnet não está apenas associado ao aumento das vendas de bilhetes de avião das agências de viagens suas clientes. “Tivemos um conjunto de clientes que entraram no segundo semestre do ano passado que estão a crescer muito”, frisou Nuno Vargas.
Emisões via NDC
A Magnet tem vindo a investir na sua plataforma tecnológica para permitir às agências de viagens encontrarem num só motor de busca “conteúdos de diversas proveniências”, para que possam “comparar e encontrar exactamente aquilo que é melhor e mais interessante para as suas necessidades”, destacou o director da empresa.
Actualmente, 5% das emissões de bilhetes de avião feitas pela Magnet são efectuadas através de NDC (New Distribution Capability), mas quando a TAP disponibilizar a sua oferta através desta tecnologia, o volume poderá atingir os 20%, perspectiva Nuno Vargas.
O director da Magnet garantiu que a empresa está “a preparar tudo” para ser a primeira a disponibilizar o NDC da TAP aos seus clientes.
A TAP prevê concluir a implementação do NDC a 1 de Janeiro de 2025 e a partir dessa data vai cobrar uma sobretaxa pelas reservas via EDIFACT. Ver também: TAP prevê ter “entre 20% e 30%” da sua distribuição via NDC em 2025 – Mário Cruz.
O NDC é uma ligação XML que permite às companhias aéreas apresentarem conteúdo mais rico e ancillaries (produtos e serviços auxiliares) directamente às agências de viagens. O NDC foi criado para substituir o antigo padrão EDIFACT (Electronic Data Interchange for Administration, Commerce and Transport), utilizado desde a década de 1980 na ligação entre companhias aéreas, GDS e agências de viagens.
Para aceder ao site da Magnet clique aqui.