Os administradores de insolvência da Groundforce disseram aos trabalhadores que não haverá despedimento colectivo e que a saída de cerca de 300 trabalhadores da empresa será através de rescisões por mútuo acordo.
A informação consta de um documento enviado aos trabalhadores a que a agência Lusa teve acesso, entretanto citado na imprensa portuguesa.
Os administradores de insolvência, Bruno Costa Pereira e Pedro Pidwell, pediram “união, serenidade e confiança, de forma a possibilitar a integração da Groundforce Portugal no seio de um grupo que se constitui referência mundial para o sector”.
A integração nesse grupo “gerará inúmeras oportunidades de aprendizagem, crescimento, e evolução para todos os trabalhadores”, garantem.
O plano de recuperação da empresa será votado no dia 27 de Setembro.
A circular indica que os créditos efectivos dos trabalhadores serão “liquidados de forma expedita (no máximo, 60 dias após o trânsito em julgado da sentença de homologação do plano) e sem recurso às moratórias a que os demais credores da empresa se verão, em caso de aprovação do plano, sujeitos”.
Os administradores de insolvência sublinham que pretendem “assegurar que todos os trabalhadores preservam a integralidade dos seus direitos e que as eventuais saídas apenas se verão negociadas uma vez se encontre encerrado o processo de insolvência, e enquadradas num modelo de adesões voluntárias e por mútuo acordo”.
O documento recorda também o “elevado passivo” que a empresa acumulou antes da declaração de insolvência “e que agora terá de se ver reembolsado aos credores”.
Além desta situação, os administradores de insolvência destacam “a necessidade de se ver acometido um investimento de grande monta que permita assegurar a continuidade da actividade”, que está regulada e sujeita a concurso para renovação de licenças, a expirar até Abril de 2025.
O plano de recuperação procura ainda “garantir a recapitalização adequada da empresa que lhe permita assegurar a robustez necessária para encarar o futuro com confiança e optimismo, num mercado que se apresentará cada vez mais concorrencial e exigente, mas onde o ‘know-how’, o profissionalismo e o empenho dos seus trabalhadores continuará a fazer a diferença e a marcar, pela positiva, o futuro do sector em Portugal e no mundo”.
A notícia da agência Lusa sublinha ainda que a versão preliminar do plano de insolvência da Groundforce contempla, entre várias medidas, a rescisão com cerca de 300 trabalhadores num período de dois anos após a homologação.
Ver também: Trabalhadores da Groundforce chegam a acordo com a Menzies