Uma falha informática a nível global está a perturbar as operações em vários sectores esta sexta-feira, incluindo a aviação, com várias companhias aéreas a cancelar voos e a reportar problemas nos sistemas de reservas, check-in e embarque.
A TAP informou os seus clientes através das redes sociais que “uma falha de serviço informático a nível global, alheia à TAP, tem afectado alguns aeroportos/voos pelo mundo” e alertou os passageiros “para eventuais consequências desta situação no tráfego aéreo e aeroportos”.
A Ryanair também informou os passageiros nas redes sociais de que está a enfrentar interrupções na rede devido a uma falha informática fora do seu controlo e aconselhou os passageiros a chegar ao aeroporto pelo menos três horas antes da hora prevista de partida. “Se viajar hoje e ainda não tiver feito o check-in do seu voo, poderá fazê-lo no aeroporto”, acrescenta a low cost.
A Air France informou no seu website que as suas operações “mantêm-se próximas do normal” e, nesta fase, “apenas alguns voos para Amesterdão e Berlim estão interrompidos”. Outros voos “partem e chegam normalmente, mas os atrasos não podem ser descartados”.
A companhia aérea acrescenta que o acesso aos centros de apoio ao cliente por telefone poderá ser interrompido, mas a aplicação e o website “estão a funcionar normalmente”.
A Transavia, low cost do Grupo Air France-KLM, indica no seu website que “devido a um erro informático global, não é possível reservar um voo, iniciar sessão em My Transavia e efectuar o check-in”. Na rede social “X”, a low cost revela que tem 18 voos cancelados, nenhum deles de/para Portugal (para ver clique aqui).
A easyJet publicou uma nota no seu website a informar que a falha informática “está a causar tempos de espera e resposta mais longos do que o normal no centro de atendimento ao cliente” e recomenda aos seus clientes que desejarem fazer alterações às reservas que o façam no website. Para os clientes com reservas para hoje, a low cost aconselha verificar o estado dos seus voos no seu “Flight Tracker”.
A ANA Aeroportos alerta no seu website que a falha nos sistemas de informação “está a afectar alguns serviços das companhias aéreas, no check-in e no embarque”. A gestora dos aeroportos portugueses recomenda aos passageiros verificarem “o estado do seu voo antes de se dirigirem para o aeroporto”.
A gestora aeroportuária garantiu que “o sistema informático dos aeroportos portugueses não foi afectado diretamente”, de acordo com uma notícia da Lusa, citada na imprensa portuguesa (para ler no portal da “TSF” clique aqui).
Contudo, algumas companhias aéreas e empresas de assistência em terra (handling) estão a ser afectadas devido pela falha informática, o que está a causar constrangimentos no check-in e no embarque de alguns voos.
Fonte da ANA Aeroportos disse à Lusa que “está a ser avaliado o impacto desta situação, sendo esperados constrangimentos na operação aeroportuária que afetam companhias aéreas e outros aeroportos”.
As principais companhias aéreas dos Estados Unidos, designadamente a American Airlines, a Delta Air Lines e a United Airlines interromperam os seus voos, de acordo com a “Reuters”. Outras companhias aéreas estão a reportar atrasos e cancelamentos.
A origem do problema poderá estar numa actualização de um produto oferecido pela empresa de ciber-segurança CrowdStrike, que estará a afectar os sistemas operativos baseados no sistema operativo Windows da Microsoft, de acordo as declarações do antigo responsável do Centro Nacional de Cibersegurança da Grã-Bretanha, Ciaran Martin, à BBC Radio, citadas pela Reuters.
A unidade de cloud da Microsoft, a Azure, disse estar ciente do problema que afectou as máquinas virtuais que executam o sistema operativo Windows e o agente CrowdStrike Falcon ficou preso num “estado de reiniciação” no meio de uma interrupção global contínua.
De acordo com um alerta enviado pela CrowdStrike aos seus clientes e analisado pela Reuters, o software “Falcon Sensor” da empresa está a fazer com que o Microsoft Windows bloqueie e apresente um ecrã azul, conhecido informalmente como “Blue Screen of Death”.
O alerta, que foi enviado às 05h30 GMT de sexta-feira, partilhou também uma solução alternativa manual para corrigir o problema.
De acordo com a Reuters, mais de metade das empresas da Fortune 500 utilizaram o software CrowdStrike, de acordo com um vídeo promocional divulgado este ano pela empresa norte-americana.
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