O CEO da TAP, Luís Rodrigues, revelou que a companhia aérea pretende investir na expansão dos serviços de manutenção prestados a outras companhias aéreas, com o objectivo de “quadruplicar” as receitas da empresa nesta área.
Nos primeiros nove meses deste ano, a TAP facturou 165,5 milhões de euros em serviços de manutenção de aeronaves prestados a outras companhias aéreas, mais 39,8% ou mais 47,1 milhões de euros que no período homólogo do ano passado.
As receitas da manutenção representaram 5,1% dos rendimentos operacionais da TAP até Setembro. A maior fatia das receitas é a venda de passagens (90,7%). A carga e o correio representaram 3,6% e “outros rendimentos”, 0,6%.
O objectivo de Luís Rodrigues é quadruplicar as receitas anuais da manutenção e alcançar os mil milhões de euros. Isto significaria “criar em Portugal um pólo de aviação extraordinário e acho que temos toda a capacidade para o fazer”, afirmou o CEO da TAP.
Em declarações aos jornalistas num almoço esta quinta-feira em Lisboa, Luís Rodrigues afirmou que se trata de “um plano que agora está a ser discutido”. A localização deste novo centro de aviação, os prazos e os investimentos necessários serão decididos em conjunto com os futuros accionistas da empresa.
“É um projecto que queremos deixar para os potenciais compradores como uma grande oportunidade, que obviamente vai ser valorizada pela companhia e pelo seu accionista, reflectindo-se nas condições nas quais a privatização poderá vir a ser feita”, frisou o CEO da TAP.
“O horizonte temporal não está definido. Começámos agora o exercício, temos esse sonho, essa visão e é por aí que começa. Agora vamos atrás disso”, enfatizou Luís Rodrigues.
Questionado se a companhia aérea estará pronta para ser privatizada em 2025, Luís Rodrigues garantiu que “a TAP está sempre preparada para aquilo que o accionista bem entender” e recordou os resultados positivos em 2022 e 2023. E acrescentou: “daquilo que publicámos nos resultados dos nove meses, tudo indica que [a TAP] vai publicar resultados positivos em 2024”.
Estes a continuidade dos resultados positivos “é a maior garantia” que a TAP pode dar a um potencial comprador, sublinhou o executivo.
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