O Grupo Lufthansa está de regresso ‘aos trilhos” — assim iniciou Carsten Spohr, CEO do grupo Lufthansa, um dos alegados candidatos à compra da TAP, uma declaração sobre o balanço do primeiro trimestre em que prognostica que 2023 será um ano de novo recorde de receitas de tráfego.
O grupo Lufthansa informou hoje que no primeiro trimestre teve um aumento de receita em 40%, atingindo os sete mil milhões de euros, mais dois mil milhões que o anterior máximo, mas os resultados operacionais não saíram ‘do vermelho’, embora a perda ajustada, no montante de 273 milhões de euros, tenha sido menor que no período homólogo de 2019, pré-pandemia (336 milhões de euros).
Os resultados líquidos, acrescenta a informação, também evoluíram positivamente, com uma redução do prejuízo em 20% para 467 milhões de euros.
O grupo realçou que no primeiro trimestre “mais pessoas” voaram com as companhias do grupo, que somou 22 milhões de passageiros, reflectindo também um aumento de capacidade que chega a 75% do ano pré-pandemia de 2019.
Melhor foi a evolução das receitas de passagens, que a informação indica que subiram 73%, para 5,2 mil milhões de euros, mais 2,2 mil milhões que há um ano, uma vez mais por uma grande influência da evolução em alta forte dos preços das viagens, com o yield, que é o preço médio que os passageiros pagaram por quilómetro voado, a ter um aumento em 19% em relação à pré-pandemia.
O grupo especificou, aliás, que nos voos de longo curso a subida do yield atingiu mesmo os 25%, atribuindo os resultados negativos “à sazonalidade [o primeiro trimestre é época baixa, em que a generalidade das companhias regista prejuízos] e à preparação das expansão das operações de voo nos meses de Verão”.
A informação do grupo Lufthansa aforma que “o desejo de viajar permanece forte” em que o efeito de recuperação perante das restrições da pandemia de covid-19 “ainda é notório” e, assim, a expectativa do grupo é que terá “um Verão forte”.
O grupo especificou que prevê aumentar a capacidade para cerca de 82% do que era antes da pandemia e acrescenta que, perante a situação das reservas, espera que o yield tenha um aumento em 25% face a 2019, permitindo que o resultado operacional (EBIT) ajustado já seja superior à pré-pandemia, em que no segundo trimestre de 2019 obteve 754 milhões de euros.
Assim, acrescenta para este ano o Grupo Lufthansa espera atingir 85% a 90% das capacidade que teve no mercado em 2019, pré-pandemia.