O fabricante de aviões norte-americano Boeing chegou a acordo para readquirir a Spirit AeroSystems por 4,7 mil milhões de dólares em acções.
O valor total do negócio é de aproximadamente 8,3 mil milhões de dólares, incluindo a última dívida líquida reportada da Spirit, de acordo com um comunicado.
A Spirit AeroSystems é um fabricante norte-americano que constrói várias peças importantes de aviões Boeing, incluindo fuselagens e secções de cabine de pilotagem.
“Acreditamos que este acordo é do melhor interesse do público que voa, dos clientes das nossas companhias aéreas, dos colaboradores da Spirit e da Boeing, dos nossos accionistas e do país de uma forma mais ampla”, disse o presidente e CEO da Boeing, Dave Calhoun, citado na nota de imprensa.
“Ao reintegrar a Spirit, podemos alinhar totalmente os nossos sistemas de produção comercial, incluindo os nossos sistemas de gestão de segurança e qualidade, e a nossa força de trabalho com as mesmas prioridades, incentivos e resultados – centrados na segurança e na qualidade”, acrescentou o executivo.
O comunicado sublinha que a rival da Boeing, a europeia Airbus, assinou um termo de compromisso vinculativo com a Spirit, nos termos do qual a Airbus irá adquirir, assumindo que as partes celebraram acordos definitivos e recebendo aprovações regulatórias necessárias, “determinados pacotes de trabalho comercial que a Spirit realiza para a Airbus em simultâneo com o fecho da fusão Boeing-Spirit”.
Além disso, a Spirit propõe vender algumas das suas operações, incluindo as de Belfast, Irlanda do Norte (operações não-Airbus), Prestwick, Escócia, e Subang, Malásia, acrescenta a nota de imprensa.
“Prevê-se que a transacção esteja concluída em meados de 2025 e está sujeita à venda das operações da Spirit relacionadas com determinados pacotes de trabalho comercial da Airbus e ao cumprimento das condições habituais de fecho, incluindo aprovações regulatórias e dos acionistas da Spirit”, conclui o comunicado.
A “Bloomberg”, citada pelo “Expresso”, sublinha que a reaquisição da Spirit pela Boeing, que foi desmembrada em 2005, surge na sequência de um incidente quase catastrófico que envolveu uma fuselagem montada pela Spirit, que perdeu um painel em forma de porta durante um voo em 5 de Janeiro.
A reaquisição é vista como uma medida destinada a recuperar um controlo mais rigoroso da sua cadeia de abastecimento e a resolver problemas de controlo de qualidade, acrescenta a notícia.
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