spot_img
- Publicidade -
- Publicidade -

Adiar privatização da Azores Airlines pode agravar mais a situação da companhia, alerta Newtour/MS Aviation

O consórcio Newtour/MS Aviation, único candidato validado pelo júri do concurso de privatização da Azores Airlines, defende que o adiamento do processo poderá agravar mais a situação da companhia, que se encontra em “sérias dificuldades financeiras”.

“A Azores Airlines enfrenta, actualmente, sérias dificuldades financeiras. O adiamento deste processo de privatização não só ameaça agravar ainda mais a situação precária da companhia, como também coloca em risco a estabilidade económica da região, que depende fortemente de um transporte aéreo eficiente e fiável”, alerta o consórcio Newtour/MS Aviation, num comunicado divulgado esta segunda-feira, citado na imprensa portuguesa (para ler no “Eco” clique aqui).

O consórcio Newtour/MS Aviation foi o único candidato validado pelo júri do processo de privatização da Azores Airlines. Contudo, o júri declarou ter reservas quanto à capacidade do consórcio em assegurar a viabilidade da companhia. Em Maio, o Governo dos Açores cancelou o processo e anunciou um novo concurso de privatização. O consórcio Newtour/MS Aviation interpôs uma providência cautelar contra a decisão de cancelamento do concurso.

Na semana passada, no dia 5 de Setembro, o vice-presidente do Governo dos Açores, Artur Lima, afirmou que a privatização da companhia “este ano, naturalmente, não é possível”.

A privatização da maioria do capital da Azores Airlines é uma das exigências do plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia em Junho de 2022, como contrapartida pelo apoio estatal de 453,25 milhões de euros. A venda terá de ser concretizada até ao final de 2025.

No comunicado divulgado esta segunda-feira, dia 9 de Setembro, o consórcio Newtour/MS Aviation refere que a decisão de cancelamento do processo de privatização não foi “confirmada pela administração da SATA Holding”.

O consórcio insiste que o processo de privatização “ainda não foi concluído”, apesar do entendimento do Governo dos Açores. “Cumpre, a este propósito, clarificar que cabe ao conselho de administração da SATA, e não ao governo, propor o cancelamento do concurso, ou seja, essa é uma competência de gestão e não política. Tal decisão, até ao momento, não ocorreu”, diz o comunicado.

“Apesar de pouco se conhecer sobre o acordo entre o Governo Regional e a Comissão Europeia, é do conhecimento público que a Azores Airlines deve ser privatizada até 31 de Dezembro de 2025. Este prazo, já de si curto dada a complexidade inerente a uma privatização desta envergadura, torna-se ainda mais exíguo face à falta de decisão da SATA e do governo”, critica o Newtour/MS Aviation na nota de imprensa.

Ver também: Privatização da Azores Airlines “este ano, naturalmente, não é possível”

- Publicidade-spot_img
- Publicidade -