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Colégio Charm House: o hotel apalaçado de Tavira que acolhe estrelas como Keanu Reeves

É um dos maiores palacetes de Tavira e teve várias vidas. Pertenceu ao cozinheiro real de D. José V, no século XVIII, bem mais tarde funcionou como colégio de rapazes e após ter estado fechado e ao abandono durante mais de três décadas renasceu, em esplendor, como hotel de charme e tem atraído anónimos e até estrelas de Hollywood, entre os quais Keanu Reeves, o famoso ator de Matrix que se tornou um cliente habitual.

Falamos do Colégio Charm House, no Algarve, localizado no centro de Tavira, um espaço decorado com primor em cada divisão, seja nas áreas comuns, seja nas privadas, todas elas surpreendentes e algumas mesmo inesperadas. Afinal quantos hotéis oferecem a possibilidade de se pernoitar numa antiga capela, agora naturalmente dessacralizada e adaptada ao conforto contemporâneo?

José Carlos Gonçalves e Cristina Guevara, ambos com carreira longa na área das Tecnologias de Informação deram vida nova a este espaço, com a ajuda preciosa da decoradora Rosarinho Gabriel, quando decidiram iniciar uma nova página e abraçar a atividade turística. Para ler a entrevista clique: “Nunca me arrependi de ter vindo para a hotelaria e para Tavira. Vive-se aqui muito bem!” – José Carlos Gonçalves, Colégio Charm House.

Criar um produto diferenciador numa zona tão fértil em ofertas como o Algarve não parece ter sido tarefa difícil, ainda que árdua, para este casal. O cardápio de atividades é rico e complementa bem a praia, ali tão perto, incluindo, entre outros, massagens no rooftop, provas de vinho produzido em terras algarvias, animados jantares musicais, refeições-surpresa (o hóspede é surpreendido com a sugestão do chef) ou temáticos por países, com gastronomia, música e indumentária a rigor dos empregados. Uma animação, portanto.

Acima de tudo, o objetivo é conseguir prestar um serviço muito personalizado e centrado no cliente. Numa época de desumanização digital, quão preciosa se está a tornar esta “nova” tendência que, no fundo, permite regressar ao basilar na arte de bem receber em turismo?

“Costumo dizer que não somos hotelaria, somos mais hospitalidade, que é um bocadinho diferente. Nós queremos servir os clientes, nós não queremos que os clientes se vão servindo. Por exemplo, não temos o conceito de buffet. As pessoas sentam-se a seu tempo, com calma e pedem o que querem. O pequeno-almoço não tem hora, o hóspede vem à hora que lhe apetecer… Se a pessoa quiser vir às quatro da tarde fazemos pequeno-almoço igualzinho… Quem está no hotel é rei”, resume o proprietário. Outro exemplo: “Não queremos ter pessoas de fora no espaço, ou seja, não queremos criar no rooftop uma discoteca ou um espaço animado em que todas as pessoas possam vir cá. Não, é só mesmo para os hóspedes e seus convidados, claro”, acrescenta.

A estética visual de todo o edifício é, sem dúvida, o outro grande trunfo do Colégio Charm House. Percorrer o espaço todo é uma agradável surpresa em cada porta que se abre. Há quartos com pequenas piscinas privadas, os que foram decorados em registo étnico, os mimosos, os mais inesperados, mas todos garantindo conforto, surpresa e uma sensação de aconchego.

Com 20 quartos, a unidade aposta no factor-surpresa da inspiradora decoração feita a quatro mãos pela proprietária Cristina Guevara e a sua mentora, a decoradora Rosarinho Gabriel, do bem conhecido ateliê “Coisas da Terra”.

Escolher o mais apelativo é missão impossível. No espaço de mais de 1.000 m2, há quatro quartos com piscinas privadas, outros com uma decoração em modo colegial com peças que nos remetem para o século passado, de que é exemplo a suite familiar onde pontuam os brinquedos antigos, ou o quarto da música. Todos têm nomes femininos, uma forma de homenagear também as mulheres mais amadas da família dos proprietários, como Catarina, Marta, Isaura, Olívia ou Esther. “Em todos tentei colocar algo que pertenceu à nossa família. E isso também se aplica às áreas comuns. Em frente ao quarto Esther, nome da minha avó espanhola, achei que faria todo o sentido colocar o móvel que ela tantas vezes usou quando estava a tricotar, por exemplo”, conta Cristina Guevara durante a visita guiada pelo edifício histórico que contou, na sua reabilitação arquitetónica com técnicos que também estiveram envolvidos na intervenção do Palácio de Sintra.

Já no exterior, e antes de passarmos pela ala nova onde Cristina optou por imprimir um registo mais étnico inspirado nas múltiplas viagens que tem feito com o marido por destinos exóticos como Índia, Tânger, Marraquexe ou Amazónia, passámos pela antiga capela do colégio. “Aqui foi possível reconverter a capela em duas suites e tirar partido deste pé-direito fantástico”, aponta Cristina, que batizou estes dois quartos de Gabriel e Francisco, dois “miminhos”, respetivamente, para a sua mentora, a decoradora Rosarinho Gabriel e para o seu netinho Francisco, a razão pela qual o casal resolveu mudar-se para o Algarve. A filha Marta, a mãe do Francisco, gere o Conversas de Alpendre, um hotel-rural situado a escassos quilómetros, em Cacela Velha, um espaço que funciona em estreita sinergia com o Colégio Charm House e sobre o qual já aqui escrevemos.

Nas zonas comuns, contam-se, entre outros, duas piscinas, uma delas no recatado e relaxante “Pátio das Laranjeiras”, a aprazível esplanada, a abençoada sala de jogos de tabuleiro onde os telemóveis não entram, o alpendre das massagens ou o já citado rooftop onde os serões de Verão são premiados com uma vista aberta sobre o casario de Tavira até à ria Formosa.

Os preços variam entre os 130 e os 650 euros na época alta, ajustados à dimensão dos quartos – com áreas entre os 15 e os 70 metros quadrados – e ao luxo de ter piscina privativa.

Ver também:

“Nunca me arrependi de ter vindo para a hotelaria e para Tavira. Vive-se aqui muito bem!” – José Carlos Gonçalves, Colégio Charm House

Clique para ver mais: Viagens e Experiências

Para aceder ao site do Colégio Charm House clique aqui.

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