Há hotéis que nos ficam colados para sempre à memória porque oferecem mais do que um lugar relaxante, uma cama perfeita para um sono retemperador ou refeições que são uma festa para o palato. Critérios naturalmente fundamentais em hotelaria, mas que estes lugares, realmente especiais, juntam um elemento crucial e que faz toda a diferença do mundo – o humano.
E foi exatamente isto que encontrámos no “Conversas de Alpendre”, uma pérola escondida no Algarve, em Vila Nova de Cacela, a escassos quilómetros de Tavira, e onde, assim que se transpõe os portões, se sente uma bolha de simpatia, cordialidade e pura descontração. Aqui, o stress não entra. Não é à toa que este turismo rural tem uma classificação de cinco estrelas em cinco, em centenas de comentários na plataforma Tripadvisor, por exemplo.
A reger esta orquestra bem afinada está Marta Guevara, a simpática proprietária, sempre de sorriso caloroso, uma característica que já passou, aliás, ao seu filho, o pequeno Francisco, de oito anos. Qual é o espaço de turismo que brinda os hóspedes ao pequeno-almoço com lindos desenhos de boas-vindas feitos por uma criança?
O “Conversas de Alpendre” foi buscar o nome a uma ambiência que se pretende centrada na ligação entre as pessoas, num local perfeito. Uma bênção, portanto, em tempos frios e mecanizados ao limite de uma qualquer inteligência artificial. É esta boa energia que aqui se respira e que explica a razão porque muitos dos visitantes que lá vão, nem sequer sentem vontade de explorar as redondezas, até mesmo a praia, a apenas dois quilómetros. Deixam-se apenas estar ali, a desfrutar do mais importante da vida.
Este turismo rural, salpicado de oliveiras e alfarrobeiras, tem 12 alojamentos, todos diferentes e capazes de nos fazer soltar um “uau”, durante uma visita guiada ao espaço. São nove suites com tipologias diversas, várias delas com jacuzzi privado; um loft com 70 metros quadrados, com mezzanine incluído e que faz a delícias das famílias; uma “cabana” de luxo, com piscina privativa e jacuzzi e aquele que é um dos “quartos” mais requisitados do Algarve e com uma ocupação quase a 100% durante todo o ano – a casa na árvore.
Erguida no topo de uma alfarrobeira centenária, a sete metros de altura, a casa assegura uma vista aberta de 180 graus, que ultrapassa Tavira, a praia e se alonga até à costa de Espanha. Um autêntico refúgio, numa zona mais recatada da herdade, com um terraço privativo para observar os pássaros ou o nascer e o pôr-do-sol.
“Os nossos hóspedes são pessoas que procuram uma experiência diferenciadora, uma memória… Temos um contacto de proximidade. Estou sempre presente (a minha casa é dentro da herdade) e isso é óptimo para mim porque permite-me não só não ter de me deslocar para trabalhar, como poder criar estes momentos e estas experiências que são, cada vez mais, o que nos diferencia”, conta Marta Guevara ao PressTUR (para ler a entrevista clique aqui).
Todo o espaço foi concebido para criar pausas que fiquem na memória. Há 1001 recantos na zona exterior para desfrutar e que vão além da envolvente mais próxima da piscina.
Neste momento está a ser ultimado um espaço à sombra de mais outra gigantesca alfarrobeira e que será destinado às massagens e às aulas de ioga. Existe ainda uma área de lazer junto a uma fogueira que se pode acender ao anoitecer, vários alpendres com confortáveis sofás, baloiços e espreguiçadeiras, um deles até equipado com um telescópio para ver as estrelas…
Não admira, pois, que sejam muitos os clientes habitués, alguns deles famosos, como é o caso de Júlia Pinheiro, uma fã incondicional do espaço e cujas fotos costuma partilhar nas suas redes sociais.
“Realmente temos um tipo de cliente que é fiel… Ainda esta semana recebi hóspedes que tinham estado cá em Outubro… Temos, de facto, muitas pessoas que regressam e é tão bom sentir que já fazem um bocadinho parte da família também. Pessoas que nos vão marcando e que até oferecem lembranças”, confirma Marta, entre sorrisos. E dá exemplos: “Aqui há tempos, estava a mostrar a herdade e a andar pelas árvores do “Conversas” e um senhor holandês, que constrói casas para passarinhos, fez questão de enviar as casinhas dele e eu fiz questão de as colocar. Ou o outro hóspede, pintor, que ficou na casa da Árvore e a desenhou, e foi lá que eu coloquei a pintura que ele enviou”, realça ainda a proprietária.
O “Conversas de Alpendre” tem ainda um especial cuidado com a alimentação. Os pratos são cozinhados com requinte e criatividade, ocupando a equipa da cozinha 18 elementos que asseguram também as refeições do Colégio Charm House, um boutique hotel dos pais de Marta, em Tavira, a menos de 10 quilómetros dali. Há jantares-surpresa (os clientes dão conta das suas intolerâncias alimentares e são totalmente surpreendidos), refeições tradicionais e mais temáticas que dão a provar a gastronomia de vários países.
O objetivo? Criar memórias desde que se acorda até à hora que se vai dormir.
As diárias começam nos 180 euros. Já aceder a este espaço pode custar, a título de exemplo para Junho, e por duas noites, preços da plataforma Booking, cerca de 700 euros para as suites standard.
Ver também: “O «Conversas de Alpendre» é amor. É assim que defino o meu espaço” – Marta Guevara
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Para aceder ao site do “Conversas de Alpendre” clique aqui.