A ‘magra’ evolução das receitas de passagens da TAP no primeiro semestre deve-se quase exclusivamente às quebras de preços por quilómetro ou yield dos voos de longo curso.
A informação divulgada hoje pela companhia portuguesa indica que apenas nas rotas intra-europeias, que são aquelas em que a concorrência mais forte das low costs, teve uma subida do yield em relação ao ano passado e em 6%, que ‘reforçou’ com um ganho de taxa de ocupação de 1,5 pontos, para 81%.
A manutenção da capacidade terá sido um dos factores que contribuiu para essa subida do yield, mas a informação também mostra que a maior queda do yield no período, em 5%, ocorreu na área onde até reduziu mais a capacidade, África e Médio Oriente, com -10%, que a companhia atribui ao impacto do fim da rota de Telavive no último trimestre do ano passado.
As outras quebras de yield foram de 1% nas linhas da América do Norte, onde também enfrenta forte concorrência, designadamente das grandes companhias norte-americanas, e de 3% nas da América do Sul, ou seja, Brasil, que é o mercado com mais peso na receita e que reflectirá a desvalorização do real.
Acontece que na América do Norte a companhia aumentou a capacidade em 6% e ainda assim melhorou a ocupação dos aviões em 1,6 pontos, para 84%, que foi a mais elevada do período, nas ligações com o Brasil aumentou a capacidade em 9% e a ocupação baixou 1,1 pontos, para 83%, o que também terá contribuído para a queda do yield, pois as companhias tendem a lançar promoções para ‘puxar’ pela procura.
O mercado mais difícil acabou, no entanto, por ser África e Médio Oriente, em que reduziu a capacidade em 10%, mas teve uma melhoria da taxa de ocupação em 0,6 pontos, para 70%.
O balanço da companhia indica, no entanto, uma subida média de yield em 1%, de 7,99 para 8,06 cêntimos de euro.
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