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Lucro da TAP no 1º semestre cai para metade, “mas agora sem cortes salariais”, CEO

O CEO da TAP, Luís Rodrigues, destaca na sua apreciação do resultado da TAP no primeiro semestre que é a segunda vez consecutiva que a companhia tem resultado positivo na metade tradicionalmente mais fraca do ano no Hemisfério Norte, mas também reconhece que é “reduzido”, realçando que, porém, foi alcançado “agora sem cortes salariais”.

O balanço do semestre divulgado hoje mostra que de facto não foi pelos custos que a companhia viu o lucro cair 98,3% ou 22,6 milhões de euros, para 0,4 milhões.

O balanço mostra que os custos operacionais subiram apenas 3,3%, somando um total de 1.857,6 milhões de euros, ainda que os custos com pessoal tenham aumentado 35,2%, para 380,1 milhões, designadamente porque no combustível houve um alívio de 25,7 milhões (-4,7%, para 517,1 milhões) e os custos operacionais de tráfego também baixaram 16,5 milhões (-3,9%, para 403,1 milhões).

A questão é que as receitas de passagens apenas subiram 2,6% ou 45,4 milhões de euros, para 1.761,2 milhões, com o PRASK, ou receitas de passagens por lugar-quilómetro disponível a baixar 0,3%, para 6,64 cêntimos do euro, com a quebra do 2º trimestre, sempre mais forte que o primeiro, a atingir 1,2%.

Assim, no primeiro semestre enquanto o PRASK caiu 0,3%, o CASK recorrente (custo operacional por lugar-quilómetro voado) só baixou 0,2% e até aumentou 2,9% excluindo o combustível (CASK ex-fuel).

O balanço divulgado pela TAP evidencia que a companhia ‘voltou’ aos ‘velhos tempos’ em que era a Manutenção que ‘salvava’ os resultados, com as receitas desta actividade a aumentarem 36,7% ou 31,4 milhões, para 116,9 milhões, graças principalmente à manutenção de motores.

O balanço evidencia que o tempo em que a subida de preço dos voos ‘dava’ para cobrir o aumento de custos parece ter chegado ao fim, como aliás tem sido destacado pelos principais responsáveis de grandes grupos de aviação europeus.

De facto, na TAP, enquanto o número de passageiros aumentou 1,6% ou 118 mil no primeiro semestre, para 7,698 milhões, e o tráfego medido em RPK, que pondera o número de passageiros pelos quilómetros voados e é por isso a unidade de tráfego mais utilizada na aviação, aumentou 4%, permitindo um ganho de taxa de ocupação de 0,8 pontos, para 81,1%, as receitas de passagens apenas aumentaram 2,6%, apontando para uma queda do Yield, que traduz o preço por quilómetro pago pelos passageiros.

E a companhia, à semelhança das suas congéneres, com destaque para o CEO do grupo Ryanair, não augura uma melhoria no semestre em curso, pois, como diz no comunicado de divulgação das contas, “Para o segundo semestre de 2024, as reservas mantem-se em linha com o ano anterior, ainda que com alguma pressão sobre as yields”.

Outro factor destacado pela TAP para explicar a evolução ‘modesta’ das receitas de passagens é a situação no Brasil, seu maior mercado em valor das passagens vendidas.

A companhia diz no comunicado sobre os resultados no segundo trimestre, que a quebra de 8,1 milhões em relação ao período homólogo do ano passado reflecte também o impacto de “perdas cambiais no seguimento da desvalorização do Real Brasileiro”.

Ver também:

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