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Vila Galé vai construir “um resort de campo” na Golegã

A Vila Galé vai investir 20 milhões de euros na construção de um “resort de campo” na Golegã, a partir da renovação da histórica Quinta da Cardiga.

“Será um resort de campo que, como não podia deixar de ser, estará muito ligado à tradição equestre, mas também homenageará o valor histórico do Palácio e de toda a propriedade, tirando partido da sua localização e da beleza das paisagens que rodeiam”, revelou o presidente da Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, citado num comunicado.

O presidente do grupo hoteleiro sublinhou que será “mais um projecto de recuperação de património e, mais uma vez, no interior do país”, porque pretende “cada vez mais contribuir para o seu desenvolvimento, até para aliviar a carga turística que existe no litoral”.

O hotel, que será baptizado Vila Galé Collection Tejo – Country Resort Hotel Convention, Spa & Equestrian Sports, terá duas fases de abertura, a primeira delas prevista para Junho de 2026, se a aprovação e licenciamento forem favoráveis até ao fim do 1º trimestre de 2025, para que as obras se iniciem no 2º trimestre desse ano.

A primeira fase “será dedicada à recuperação do núcleo principal do empreendimento, composto pelo Palácio – preservando-se os seus amplos salões, cúpulas e abóbadas seculares, bem como os múltiplos painéis de azulejos e estatuária –, Lagar e Celeiro”.

O grupo hoteleiro também vai renovar os antigos edifícios das cocheiras, do picadeiro, de forma a poder receber competições oficiais, e a capela, decorada com azulejaria de padrão e retábulo de pedra na capela-mor com alto relevo da Nossa Senhora da Misericórdia.

Na primeira fase, o hotel de 4-estrelas terá 71 quartos, recepção, bar panorâmico, restaurante, Spa com piscina interior, salas de massagens e ginásio, piscinas exteriores para adultos, zona de lazer para crianças e campos de futebol, padel e polidesportivo, picadeiros externo e coberto e cocheiras.

A segunda fase, que decorrerá em 2027, será dedicada ao conjunto de edifícios a Norte da Quinta da Cardiga, também desactivados e em ruínas, que darão origem a mais 45 quartos e um grande salão de eventos.

O tema do hotel será a história da Ordem dos Templários e da Ordem de Cristo.

“Classificada como imóvel de interesse público desde 1952, a Quinta da Cardiga soma vários séculos de História”, de acordo com o comunicado da Vila Galé. “Em 1169, estas terras foram doadas por D. Afonso Henriques aos Templários, que ali ergueram um castelo integrado no sistema defensivo do Médio Tejo, do qual fazem também parte Almourol, Ceras e Zêzere”.

Com a extinção da Ordem Templária, a Quinta foi entregue à Ordem de Cristo, e posteriormente, no século XVI, durante o reinado de D. João III, foi transformada numa propriedade de veraneio, de cariz apalaçado, graças à intervenção do arquitecto João Castilho (que também assinou a ampliação do Convento de Cristo, em Tomar).

“As novas construções, incluindo áreas habitacionais, claustros, pátios e produção agrícola, tiveram por base o castelo templário medieval, de que subsiste a torre de menagem”, continua a nota de imprensa.

“A partir de então, por aqui passou muita da nobreza e burguesia portuguesas, até que, após a revolução liberal e extinção das ordens religiosas, em 1836, a Quinta da Cardiga foi vendida em hasta pública por 200 contos de reis. A partir de então, teve sucessivos proprietários privados até ao seu declínio e abandono a partir da 2ª metade do século passado”, acrescenta o comunicado.

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Para aceder ao site da Vila Galé clique aqui.

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