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Vila Galé prevê estabilização de preços em 2023 e resultados “em linha” com este ano

As perspectivas da Vila Galé para 2023 apontam para uma estabilização dos preços e, em números gerais, “ficar em linha com 2022”, disse ao PressTUR o administrador do grupo, Gonçalo Rebelo de Almeida.

“A ideia não é aumentar os preços para o ano, será mais ou menos manter”, disse Gonçalo Rebelo de Almeida, que falava ao PressTUR durante o 33º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, organizado pela AHP em Fátima.

PressTUR: Os preços na hotelaria subiram muito este ano. Será possível manter o nível de preços no próximo ano, tendo em conta a perda de poder de compra dos consumidores?

Gonçalo Rebelo de Almeida: A minha visão é que acho que é possível manter o que está. Vai ser difícil continuar a subir muito mais. Para o ano já não haverá grandes aumentos de preço. Obviamente que vai depender se a inflação continua muito acentuada. Se os custos de energia e o custos alimentares continuarem a disparar há uma parte que teremos que fazer reflectir [nos preços]. Mas a ideia é não aumentar os preços para o ano. Será mais ou menos manter.

PressTUR: Mas os preços precisam de aumentar para os hotéis conseguirem ter rentabilidade?

Gonçalo Rebelo de Almeida: Os preços podem precisar de aumentar, porque o preço dos nossos custos entre as diferentes componentes não tem estado fechada. Este mês aumentou a carne, no mês passado aumentaram os vegetais, aumentou o ovo, aumentam salários em Janeiro… ainda não é fácil ter a equação final. Os preços das nossas compras estão muito voláteis. Está cada vez mais difícil estabilizar preços de compras. Hoje em dia os fornecedores estão a dar-nos preços para o próximo mês. É difícil fazer uma afirmação muito segura sobre o que é que vai ser preciso aumentar ou não para equilibrar isto. Eu quero acreditar que vai haver uma estabilização, mas ainda não é certo.

PressTUR: Quais são as vossas perspectivas gerais para 2023?

Gonçalo Rebelo de Almeida: É fazer um ano próximo de 2022, genericamente. Mais coisa, menos coisa, nuns sítios um bocadinho melhor, noutros um bocadinho pior, mas em números gerais é ficar em linha com 2022. Já não prevejo crescimentos para 2023.

PressTUR: Está preocupado com eventuais alterações nos mercados emissores, nomeadamente o Reino Unido?

Gonçalo Rebelo de Almeida: O Reino Unido tem uma particularidade. Por norma, não deixa de viajar. Pode fazer algumas opções de menos noites, algumas alterações de destinos, mas acho que Portugal vai ser sempre uma opção. Estamos perto, há muitas ligações aéreas, o custo comparativo continua a não ser mau. Uma coisa era estarmos a subir os preços em Portugal e isso não estar a acontecer no resto do mundo, perdíamos competitividade. Outra coisa é os preços aumentarem porque os custos estão a subir em todo o lado. Portanto, os nossos destinos concorrentes também estão a subir. Nós não vamos perder competitividade. E por isso eu acho que o Reino Unido vai manter a produção.

PressTUR: Há outros mercados emissores que preocupem?

Gonçalo Rebelo de Almeida: O que se retrai sempre mais é a Alemanha, pela guerra e porque os alemães são mais cautelosos e quando sentem que pode vir uma recessão têm tendência a suspender as despesas supérfluas e a poupar.

PressTUR: Um dos temas debatido no Congresso foi a semana dos quatro dias. Qual é a vossa posição?

Gonçalo Rebelo de Almeida: Tenho uma posição totalmente contra. Nesta fase não é possível, porque não há pessoas para isso. Com níveis de pleno emprego em Portugal e na Europa não é possível implementar isso nesta fase. É uma coisa que pode vir a ser estudada noutro contexto.

O PressTUR viajou para Fátima a convite da AHP

Ver também: Hotelaria atinge em Outubro novo recorde anual de proveitos com base em preço

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