As viagens dos portugueses ao estrangeiro alcançaram um novo “máximo histórico” em 2023, mas o gasto médio por turista/viagem ficou aquém do ano anterior, de acordo com os dados divulgados esta semana pelo INE.
As deslocações dos residentes em Portugal ao estrangeiro atingiram 3,2 milhões no ano passado, o que corresponde a um crescimento de 21,5% em relação a 2022 e 4,1% em relação a 2019, pré-pandemia.
Contudo, o gasto médio dos portugueses por turista/viagem ao estrangeiro fixou-se em 736,6 euros, o que significa um decréscimo de 2,1% em relação a 2022, embora tenha superado 2019 em 17,5%.
Sobre as viagens em território nacional, as deslocações turísticas dos residentes em Portugal atingiram 20,4 milhões, mais 2,4% que em 2022, mas ainda 4,3% abaixo de 2019.
Nas deslocações em território nacional, os residentes gastaram, em média, 164,3 euros por turista/viagem, +1,1 euros que em 2022 e +31,3 euros em comparação com 2019.
No total, as deslocações turísticas dos residentes em Portugal atingiram 23,7 milhões em 2023, o que corresponde a um aumento de 4,6% em relação ao ano anterior, mas ainda fica 3,2% abaixo de 2019. A despesa média por turista em cada viagem atingiu 242,4 euros, mais 4,3% em relação a 2022 e mais 23,9% face a 2019.
Assim, as deslocações turísticas ao estrangeiro corresponderam a 13,6% do total de viagens dos residentes portugueses no ano passado, mais 1,9 pontos percentuais que em 2022 e mais 1 p.p. face a 2019. Já as viagens em Portugal corresponderam a 86,4% do total, menos 1,9 p.p. que em 2022 e menos 0,9 p.p. que em 2019.
51,7% da população fez pelo menos uma viagem turística
Os dados mostram que 51,7% da população residente em Portugal efectuou pelo menos uma viagem turística em 2023, o que corresponde a um total de 5,3 milhões de indivíduos. O número representa um acréscimo de 4 pontos percentuais e mais 431,9 turistas que em 2022, mas ainda fica 2,1% abaixo do total de 2019.
As viagens turísticas dos residentes em Portugal geraram mais de 96,5 milhões de dormidas, o que equivale a um aumento de 2% face a 2022, mas ainda fica 2,7% abaixo de 2019. A maioria das dormidas ocorreu em Portugal (77,1% do total, menos 1,3 p.p. que em 2022 e menos 0,5 p.p. que em 2019).
As dormidas dos portugueses em viagens turísticas em Portugal cresceram 0,3% em relação a 2022 e ficaram 3,2% abaixo de 2019, enquanto as dormidas no estrangeiro aumentaram 8% em relação ao ano anterior e ficaram 0,8% abaixo de 2019.
O INE sublinha que o “alojamento fornecido gratuitamente por familiares ou amigos” manteve-se como o meio de alojamento mais utilizado nas dormidas dos residentes, concentrando 39,6 milhões de dormidas (41% do total, +1,5 p.p. do que no ano anterior e +2,4 p.p. face a 2019).
Nas deslocações nacionais, esta modalidade de alojamento prevaleceu (44,9% das dormidas, +3,2 p.p. do que em 2022 e +3,3 p.p. em comparação com 2019), mas nas viagens para o estrangeiro foram os “estabelecimentos hoteleiros e similares” os mais utilizados pelos residentes em Portugal (53,2% das dormidas, -1,1 p.p. do que em 2022, -0,5 p.p. do que em 2019).
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