Os turistas residentes nos Estados Unidos são os que mais aumentam os gastos em Portugal este ano, e como tal os que mais contribuem para a subida das receitas turísticas portuguesas, sendo responsáveis nos primeiros dez meses deste ano por 23,1% desse aumento.
Dados publicados hoje pelo Banco de Portugal permitem calcular que turistas residentes nos EUA despenderam 1.630,90 milhões de euros em Portugal, de Janeiro a Outubro, inclusive, que representam um aumento em 50,5% ou 547,19 milhões em relação aos primeiros dez meses de 2019, pré-pandemia.
Dados do banco central recolhidos pelo PressTUR permitiram concluir que os turistas residentes nos EUA são, assim, os que mais estão a aumentar os gastos em Portugal, e que o seu ‘peso’ na subida das receitas turísticas portuguesas atinge mesmo os 23,1%.
Ainda assim, nos primeiros dez meses deste ano os residentes no Reino Unido mantêm-se os líderes em gastos em Portugal, com 2.991,29 milhões de euros, mas apenas um ‘magro’ aumento de 1,2% ou 34,09 milhões em relação aos primeiros dez meses de 2019.
Seguem-se os turistas residentes em três emissores europeus todos com gastos em Portugal acima dos dois mil milhões de euros e aumentos a dois dígitos, os residentes em França, com 2.595,82 milhões e aumento em 12,4% (mais 286,47 milhões), os residentes na Alemanha, com 2.098,31 milhões e aumento em 18,9%, e os residentes em Espanha, com 2.077,39 milhões e aumento em 23,8%.
Só depois estão os residentes nos Estados Unidos, com 1.630,90 milhões de euros, que encerram os lotes dos emissores com mais de mil milhões de euros de gastos turísticos em Portugal nos primeiros dez meses deste ano.
O 6º maior montante de gastos turísticos em Portugal até Outubro é dos turistas residentes na Irlanda, com 835,26 milhões de euros, e seguem-se os residentes nos Países Baixos, com 785,39 milhões, no Brasil, com 606,69 milhões, e na Suíça, com 594,01 milhões.
Nenhum dos restantes maiores emissores de acordo com os dados do banco central chega aos 500 milhões de euros de gastos em Portugal nos primeiros dez meses deste ano, como são os casos dos residentes em Itália, com 462,38 milhões, na Bélgica, com 406,61 milhões, em Angola, com 302,74 milhões, e no Luxemburgo, com 233,39 milhões.
Estes dados indicam que os turistas residentes na Europa são a origem de 79,3% das receitas turísticas portuguesas até Outubro, muito próximo do que ‘valiam’ no período homólogo de 2019, em que representavam 79,1%.
A União Europeia, porém, tem um ‘trambolhão’ de 73,6% para 57,6% das receitas turísticas portuguesas, que reflecte a saída do Reino Unido (Brexit), o que aliás é também evidenciado pelo aumento do ‘peso’ da Zona Euro em 2,1 pontos, para 53,5%.
A crescente relevância do mercado dos Estados Unidos, por sua vez, reflecte-se no aumento da quota dos turistas residentes no continente americano, que até Outubro, inclusive, fazem 15% das receitas turísticas portuguesas, com o montante de 2.787,37 milhões de euros, +29,8% ou mais 640,76 milhões que no período homólogo de 2019.
Já os turistas residentes em África e na Ásia têm um ‘peso’ mais reduzido nas receitas turísticas portuguesas face a 2019, respectivamente em 0,4 pontos, para 3,1%, e em 1,3 pontos, para 2%.
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