Portugal já encaixou este ano 10,74 mil milhões de euros de saldo líquido do turismo internacional, que equivalem a 75% do excedente da balança de serviços, sem que os gastos dos portugueses em turismo no estrangeiro deixem de atingir recordes, de acordo com os dados do Banco de Portugal.
A informação indica que o encaixe líquido de turismo internacional, calculado pelo total de exportações ou gastos no país de turistas residentes no estrangeiro menos os gastos dos portugueses em turismo no estrangeiro, aumentou 18% ou 428,07 milhões de euros em relação aos primeiros oito meses de 2019, pré-pandemia.
E Agosto foi mesmo o melhor mês de sempre em montante do excedente da balança de turismo, com 2.810,07 milhões de euros, +18% ou mais 428,07 milhões que no mês homólogo de 2019 e +78,6%% ou mais 1.236,75 milhões que no ano passado, apesar de um novo recorde de gastos dos portugueses em turismo no estrangeiro, de 728,03 milhões em Agosto, +21,1% ou mais 127,05 milhões que em 2019 e +46,6% ou 231,37 milhões que há um ano.
O turismo foi assim o inegável motor do excedente da balança de serviços, que se elevou no mês a 3.235,14 milhões de euros, com contributo do turismo a ascender a 2.810,07 milhões, fruto do aumento das exportações face a 2019 em 18,6% ou 555,12 milhões, enquanto nos gastos dos portugueses em turismo no estrangeiro, embora atingindo um novo recorde com subida em 21,1%, o aumento em valor foi de 127,05 milhões, inferior portanto em 428,07 milhões ao aumento dos gastos de turistas residentes no estrangeiro.
No conjunto dos primeiros oito meses do ano, o contributo líquido do turismo ascende a 10.743,76 milhões de euros, +16,9% ou mais 1.556,24 milhões que no período homólogo de 2019 e +205,9% ou mais 7.231,59 milhões que um ano antes.
Assim, o saldo da balança de serviços sobe nos primeiros oito meses para 14.321,84 milhões de euros, que representam aumentos em 16,8% ou 2.063,86 milhões face ao período homólogo de 2019 e em 144,6% ou 8.466,63 milhões que no período homólogo de 2021.
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