Os trabalhadores de terra da SATA iniciaram hoje, quarta-feira, uma greve ao trabalho suplementar e anunciaram que admitem recorrer a acções com “maiores impactos” em Agosto e Setembro.
A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC).
O sindicato anunciou que, “face à negligência dos negociadores da SATA, certamente mandatados pelo CA [conselho de administração], já está a planear uma greve com maiores impactos, de vários dias a tempo inteiro, durante Agosto e Setembro”, de acordo com um comunicado citado pela agência Lusa (para ler no “Açoriano Oriental” clique aqui).
No início deste mês, o sindicato anunciou a convocação da greve ao trabalho suplementar por considerar que os trabalhadores de terra estão a ser alvo de “tratamento discriminatório” pela SATA. O SINTAC considera “inaceitável” que a revisão salarial não seja “equitativamente” distribuída por todos os trabalhadores.
No comunicado enviado esta terça-feira, o sindicato destaca que, numa reunião de apresentação do novo Conselho de Administração (CA), foram apresentadas as reivindicações dos associados, nomeadamente no que diz respeito à atualização salarial de todas as carreiras.
O SINTAC quer “valores em linha com o que já foi negociado com as estruturas sindicais para os trabalhadores de voo”.
“A SATA não se aproximou, até hoje, da proposta do SINTAC, nem parece interessada em mitigar os problemas da desigualdade salarial criados por si, alegando que precisa de paz social para trabalhar, mas fazendo o caminho contrário, promovendo a desigualdade e a parcialidade negocial”, critica o Sindicato.
Para o SINTAC, a greve ao trabalho suplementar, já marcada antes da nomeação deste CA, “resulta da incapacidade negocial” da anterior administração e da “injustiça criada com a disparidade de aumentos salariais entre os trabalhadores de terra e os de voo”, da SATA.
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