As receitas da TAP com a venda de passagens baixaram 0,8% em 2024, mas os serviços de manutenção prestados a outras companhias aéreas subiram 44,6%, levando a um novo recorde de receitas operacionais na companhia aérea portuguesa.
A TAP facturou no ano passado 236,8 milhões de euros em serviços de manutenção de aeronaves prestados a outras companhias aéreas, mais 73,1 milhões de euros ou 44,6% que no ano passado.
Com este aumento, os serviços de manutenção passaram a representar 5,6% das receitas da TAP em 2024, mais 1,7 pontos percentuais que em 2023.
Em Dezembro passado, o CEO da TAP, Luís Rodrigues, revelou que a companhia aérea pretende investir na expansão dos serviços de manutenção prestados a outras companhias aéreas, com o objectivo de “quadruplicar” as receitas da empresa nesta área. Clique para ler: CEO da TAP quer investir na manutenção e criar “um pólo de aviação” em Portugal.
Aliás, nas receitas operacionais da TAP em 2024, o único aumento verificado foi dos serviços de manutenção prestados a outras companhias aéreas, já que as receitas com a venda de passagens baixaram 0,8%, as receitas com serviços de carga e correio caíram 6%, para 162,7 milhões de euros, e “outros rendimentos” caíram 15,4%, para 22,3 milhões de euros.
A venda de passagens da TAP em 2024 caiu 31 milhões de euros (-0,8%) em relação a 2023, alcançando os 3.820,6 milhões de euros, o que representa 90% das receitas operacionais da companhia aérea.
O decréscimo das receitas com a venda passagens na TAP verificou-se mesmo com um aumento de capacidade em 1,6% e com um aumento de ocupação dos voos em 1,5 pontos percentuais.
A procura pelos voos da TAP em 2024 teve um aumento superior em 1,8 pontos percentuais ao aumento de capacidade que a companhia aérea colocou no mercado.
Os dados mostram que a TAP aumentou a sua capacidade em 1,6% (medida em ASK, número de lugares multiplicado pelos quilómetros voados – Available Seat x Km) e a procura subiu 3,4% (medida em RPK, número de passageiros multiplicado pelo número de quilómetros voados – Revenue Passenger x Km).
Os resultados apresentados hoje pela TAP também destacam que a companhia superou em 2% os níveis pré-pandemia da capacidade medida em ASK.
A ocupação dos voos (load factor) atingiu 82,3%, mais 1,5 pontos percentuais que em 2023 e mais 2,2 pontos percentuais que em 2019.
A TAP especifica que as receitas de passageiros divididas por lugar-quilómetro (PRASK) baixaram 2,3% no ano passado, para 7,13 cêntimos, o que significa que tiveram uma quebra superior à descida dos custos operacionais divididos por lugar-quilómetro (CASK), que baixaram 0,7% para 7,20 cêntimos.
A TAP transportou 16,108 milhões de passageiros no ano passado, mais 1,6% que em 2023, com um total de 117.905 partidas, menos 1,5% que em 2023.
A TAP fechou o ano passado com um aumento das receitas operacionais em 0,7%, para 4,242,4 milhões de euros, inferior ao aumento dos gastos operacionais em 1,5%, para 3.928 milhões de euros.
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