“Portugal tem sempre um lugar privilegiado” no Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado, no Rio Grande do Sul, Brasil, destacou a vogal do Turismo de Portugal, Lídia Monteiro, em declarações aos jornalistas durante o evento.
O Festuris “olha sempre para Portugal como uma referência. Existem presenças de diferentes países aqui nesta feira, mas Portugal tem sempre um lugar privilegiado”, sublinhou Lídia Monteiro.
A participação de Portugal, com quatro regiões, ficou no espaço “luxury”, dedicado ao segmento do turismo luxo, sendo o único país ali posicionado.
“Na sessão inaugural, além do país convidado [República Dominicana] que é normal subir ao palco, Portugal também foi distinguido, e isso tem muito que ver com a relação muito próxima que a organização tem connosco”, explicou a vogal.
Foi também “o único destino que estava presente” no jantar oficial, o que “reflecte bem a forma como olham para o país, de certa forma admirando o nosso percurso como destino turístico e também, no que diz respeito à feira, a importância de estarmos aqui presentes”, acrescentou Lídia Monteiro.
No panorama mundial de feiras de turismo, a vogal destaca o Festuris como “uma experiência diferenciada” que também tem, além da área generalista e da de luxo, “uma componente mais tematizada, de wedding [onde a Parques de Sintra marcou presença]” e ainda uma área para o “segmento LGBT bastante grande”.
Festuris cresceu 9% em 2024
O Festuris, de acordo com a sua organização, cresceu 9% em relação ao ano passado, registando 480 milhões de reais em negócios realizados pelos participantes credenciados, cerca de 78,4 milhões de euros, acima dos 400 milhões de reais previstos, cerca de 65,4 milhões de euros, e cerca de 15 mil pessoas, acima da meta estabelecida de 12 mil.
O evento teve a República Dominicana como país convidado de honra, totalizando 53 destinos internacionais, acima dos 40 que participaram na edição anterior. Foram 400 stands e 2.500 marcas privadas e públicas, e representação de todos os estados brasileiros.
Para a edição de 2025, que também decorre no Serra Park entre 6 e 9 de Novembro, 40% dos expositores presentes nesta já confirmaram presença.
Apesar do crescimento da feira, a participação portuguesa contou apenas com a presença de quatro regiões turísticas, quando no ano passado estiveram seis. “Eu diria que já estão quatro”, ao invés de apenas quatro, sugere Lídia Monteiro explicando que houve duas situações que prejudicaram a vinda de mais regiões.
“Primeiro, o facto de não termos um voo directo”, indicou a vogal, referindo-se à ausência de voo directo para Porto Alegre, cujo Aeroporto Salgado Filho ainda está a recuperar da tragédia de cheias que assolou a região. “Coincidiu exactamente – que é a segunda razão – com a WTM”, acrescentou Lídia Monteiro, descrevendo esse evento como a “maior feira da Europa”.
“Os recursos não são ilimitados, até os humanos, para poderem estar presentes em todo o lugar”, explicou a vogal, acrescentando que “esperamos que Porto Alegre consiga recuperar rapidamente e consiga reestabelecer as ligações aéreas”, objectivos que “parece que estão a conseguir”.
Em relação à participação portuguesa na feira, Lídia Monteiro aponta a “capacidade de influência que [a feira] tem na parte Sul da Argentina, do Uruguai, outros países da América do Sul”.
“Estamos a iniciar a abertura do mercado da argentina”, continuou a vogal, dando como exemplo a presença do Turismo de Portugal nesse país por duas vezes este ano, uma das quais para a Feira Internacional de Turismo de Buenos Aires.
Além do contacto com o mercado brasileiro, particularmente as zonas mais a Sul, há também “outros países da América Latina onde não temos estado tão presentes e a Festuris permite isso, estar mais a Sul”.
O PressTUR viajou para o Brasil a convite da TAP e do Festuris
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